As recentes tensões comerciais entre Japão e China têm o potencial de afetar a cadeia de suprimentos global de semicondutores.
A China depende fortemente de equipamentos de semicondutores importados, e o Japão é um dos principais fornecedores. Segundo dados do Japan Electronics and Information Technology Industries Association (JEITA), em 2023, o Japão exportou 858,13 bilhões de ienes em semicondutores, uma queda de 7,2% em relação ao ano anterior.
Recentemente, as ações de chips asiáticos caíram após notícias de que os EUA podem considerar novas restrições comerciais.
Em resposta, os Estados Unidos anunciaram uma iniciativa para produzir semicondutores na América Latina, abrangendo México, Costa Rica e Panamá.
Embora essa iniciativa não inclua o Brasil diretamente, a presença de uma indústria regional mais forte pode beneficiar o país de forma indireta, proporcionando mais estabilidade na cadeia de fornecimento regional.
Dados da Logcomex mostram que, no primeiro semestre de 2024, o Brasil importou principalmente da China (US$ 51,912,109), Coreia do Sul (US$ 37,067,510), e Taiwan (US$ 36,929,583). Japão também figura entre os fornecedores, com US$ 5,500,082. Para reduzir essa dependência, o fortalecimento da produção interna é crucial.
O Brasil possui aproximadamente 10 milhões de toneladas de Elementos Terras Raras (ETRs), essenciais para a fabricação de produtos de alta tecnologia. O Ministério de Minas e Energia (MME) está investindo R$ 1,5 bilhão em projetos para a extração responsável desses minerais.
Leia mais: Brasil: 4º maior detentor de reserva de terras raras busca se tornar player global
No primeiro semestre de 2024, as principais NCMs exportadas pelo Brasil foram:
Os principais destinos das matérias-primas brasileiras para semicondutores são:
Os dados indicam que os principais fornecedores de semicondutores para o Brasil são:
Esses dados, da Logcomex, mostram que a maior parte dos semicondutores vem de países asiáticos, com destaque para China, Coreia do Sul e Taiwan.