Em 2024, as exportações brasileiras têm se destacado como um dos pilares da economia do país, refletindo tanto a resiliência quanto a capacidade de adaptação do Brasil em um ambiente global marcado por incertezas.
Com um acumulado de US$ 208,3 bilhões até a segunda semana de agosto, o desempenho das exportações sinaliza um crescimento sustentado, apesar das adversidades internacionais, como a queda nos preços das commodities e a desaceleração do comércio mundial.
O crescimento de 1,1% na média diária das exportações em relação ao mesmo período de 2023 é um indicativo de que o Brasil não só manteve seu ritmo, mas também ampliou sua participação no mercado global.
Este avanço foi alcançado em grande parte graças à diversificação de mercados e à busca ativa por novas parcerias internacionais.
Essas ações têm permitido ao Brasil mitigar os impactos de fatores externos adversos e continuar a expandir suas exportações.
Dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), apontam que a Indústria Extrativa tem sido um destaque positivo, com um aumento de 32,5% na média diária das exportações, impulsionado principalmente pela demanda internacional por minerais e outros recursos naturais.
Já a Indústria de Transformação também contribuiu para os resultados positivos, com um crescimento de 6,1%, demonstrando a importância da industrialização e do valor agregado na pauta exportadora brasileira.
Em movimento contrário, o setor agropecuário registrou uma queda de US$ 56,6 milhões (17,1%) no acumulado até a segunda semana de agosto.
Este cenário de retração pode ser atribuído a uma combinação de fatores, incluindo variações nos preços internacionais das commodities agrícolas, mudanças climáticas, até barreiras comerciais impostas por outros países.
A China continua sendo um dos principais parceiros comerciais do Brasil, ocupando o primeiro lugar no ranking de países de destino das exportações brasileiras.
As exportações para o país Asiático representam 41%, com um valor FOB movimentado de mais de US$ 50 bilhões. Os Estados Unidos vem na sequência, representando 15% das operações.
Dentre os estados exportadores, São Paulo vem em primeiro lugar com 20% das exportações, seguido do Rio de Janeiro e Minas Gerais, ambos com 13% de representatividade nas operações.
Em relação às principais unidade de desembaraço aduaneiro utilizadas no primeiro semestre de 2024, destacam-se o Porto de Santos, Porto de Itaguaí e o Porto de Paranaguá.