O Brasil e o Chile avançaram mais um passo para um acordo regulatório que facilitará o comércio de produtos cosméticos entre os dois países, reduzindo burocracia, prazos e custos para exportadores e importadores do setor.
Chamado de Iniciativa Facilitadora de Comércio no Setor de Produtos Cosméticos entre Brasil e Chile, o instrumento foi assinado na última sexta-feira (6), durante a reuniões preparatórias à Cúpula do Mercosul, em Montevidéu, no Uruguai, e será incorporado ao Acordo de Livre Comércio Chile-Brasil.
A iniciativa visa promover a convergência regulatória no setor de higiene pessoal, perfumaria e cosméticos, com o objetivo de facilitar o acesso recíproco aos mercados brasileiro e chileno, evitar barreiras técnicas desnecessárias, ampliar o fluxo comercial e garantir a qualidade, segurança e eficácia dos produtos.
A proposta de convergência regulatória partiu do setor privado, e as negociações foram iniciadas em junho de 2021.
No âmbito brasileiro, o trabalho foi coordenado pela Secretaria de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC).
As discussões contaram ainda com a participação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), apoio do Ministério de Relações Exteriores (MRE) e cooperação da Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos (ABIHPEC).
O Chile é o segundo maior parceiro comercial do Brasil na América do Sul, atrás apenas da Argentina, mostram dados da Logcomex. Entre janeiro e novembro de 2024, o Brasil exportou US$ 6,2 bilhões (FOB) em mercadorias para o país sul-americano e comprou US$ 4,6 bilhões em produtos chilenos.
Conforme boletim estatístico da ABIHPEC, no ano de 2023, o Brasil exportou 22,6 mil toneladas de produtos de higiene pessoal, perfumaria e cosméticos para o Chile, alta de 16% em relação a 2022.
O valor total das remessas para o Chile chegou a US$ 91,7 milhões, o equivalente a 10,1% de todas as exportações brasileiras do setor no ano.