A China, maior consumidora mundial de minério de ferro, deve atingir um novo recorde de importações em 2025, mesmo com a queda projetada na demanda por aço no país, segundo especialistas.
Este movimento reflete a estratégia chinesa de manter estoques elevados e garantir suprimentos em meio à instabilidade geopolítica global.
No entanto, o impacto já é sentido nas exportações brasileiras.
De acordo com os dados da Logcomex, de janeiro a novembro de 2024, o Brasil exportou 255,9 milhões de toneladas de minério de ferro (NCM 26011100) para a China, com um crescimento de 11% no volume em relação ao mesmo período de 2023 (230,3 milhões de toneladas).
O valor FOB também subiu 7%, alcançando impressionantes US$ 18,4 bilhões em 2024, contra US$ 17,1 bilhões no ano anterior.
Mais de 99% do valor FOB exportado pelo Brasil correspondeu a minério de ferro (NCM 26011100 e 26011210).
Minas Gerais e Pará responderam por 96% das exportações brasileiras de minério de ferro em 2024. Minas Gerais liderou com US$ 9 bilhões, seguido de perto pelo Pará, com US$ 8,7 bilhões.
IRF São Luís e Porto de Itaguaí dominaram os embarques, representando juntos 81% do FOB 2024.
Enquanto a demanda por aço na China pode desacelerar, o apetite pelo minério de ferro brasileiro segue forte, sustentado pela qualidade do produto e pela competitividade logística. A continuidade dessa parceria robusta entre os dois países deverá gerar impactos positivos na balança comercial brasileira.