A China iniciou uma consulta pública para implementar novas regulamentações sobre o setor de terras raras. O projeto do Ministério da Indústria e Tecnologia da Informação chinês propõe maior controle sobre cotas de mineração, fundição e separação desses minerais, além de medidas adicionais de fiscalização.
A iniciativa segue um movimento contínuo de Pequim para restringir a exportação de tecnologia e fortalecer sua posição em um mercado no qual já detém 90% da produção refinada global.
Em 2023, o governo chinês proibiu a exportação de tecnologia para a fabricação de ímãs de terras raras, ampliando restrições que já afetavam a separação e extração desses minerais estratégicos.
Com as novas regras, a tendência é que o fornecimento global se torne ainda mais controlado, impactando mercados dependentes desses insumos para a produção de eletrônicos, veículos elétricos e equipamentos industriais.
Impacto no comércio Brasil - China
O Brasil, apesar de possuir a quarta maior reserva mundial de terras raras, ainda não desenvolveu uma indústria de extração e processamento em grande escala, o que mantém a dependência de fornecedores estrangeiros, especialmente da China.
Dados da Logcomex mostram que, em 2024, as importações brasileiras de terras raras da China caíram 41% em valor FOB e 32% em peso líquido, indicando menor demanda ou dificuldades de abastecimento. Principais variações:
Outros metais de terras raras, escândio e ítrio (NCM 28053090)
Óxido cérico (NCM 28461010)
Enquanto as importações de metais como escândio e ítrio caíram, o óxido cérico – utilizado na produção de catalisadores e vidros especiais – registrou crescimento.
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