A cooperativa agroindustrial Coamo, que tem sede em Campo Mourão (PR), planeja investir cerca de R$ 1 bilhão na construção de um terminal marítimo próprio em Itapoá (SC) a partir do ano que vem. O projeto, atualmente em fase de obtenção de licenças ambientais, prevê a construção de quatro píeres, com 450 metros de frente para o mar e 18,5 metros de calado.
A empresa já conta com dois terminais destinados a exportações de grãos e farelos, no Porto de Paranaguá (PR). Somadas, as duas áreas portuárias têm capacidade para embarque de até sete mil toneladas por hora.
A ideia de construir um terminal em Itapoá surgiu em 2014, quando a empresa viu a necessidade de um novo polo de escoamento de sua produção, em razão de gargalos no porto paranaense.
Em Itapoá, o plano é construir quatro atracadouros: um para grãos e farelos, um para fertilizantes, um para líquidos e outro para gás liquefeito de petróleo (GLP). Como não são necessariamente cargas produzidas pela cooperativa, a ideia é arrendar os espaços para empresas terceiras e gerar receita.
Fundada em 1979, a Coamo conta hoje com cerca de 30 mil cooperados em 73 regiões produtoras nos estados do Paraná, Santa Catarina e Mato Grosso do Sul.
O portifólio de produtos da cooperativa inclui café, algodão, trigo, soja, milho, rações animais, além de alimentos industrializados.
Localizada no litoral norte de Santa Catarina, a cidade de Itapoá é estratégica para a navegação marítima e conta com um dos portos privados mais importantes do país.
Nos dez primeiros meses de 2024, as exportações de Santa Catarina feitas por via marítima somaram R$ 7,9 bilhões (FOB), segundo dados da Logcomex.
Os principais destinos das exportações catarinenses no período foram Estados Unidos (22%), China (17%), México (10%), Japão (8%) e Filipinas (6%). Entre os principais produtos do estado enviados ao exterior estão carnes suína e de frango e soja.