Custos de importação: quais são, como calcular e planilha de custos de importação gratuita

Milhares de produtos, bens e itens são importados diariamente. Para que esse processo de importação aconteça, diversos custos de importação incidem no processo. Mas quais são eles?

A atenção precisa ser redobrada na hora de pensar sobre esses valores, já que há inúmeros fatores que influenciam a composição do preço final do que será importado. Por exemplo, o Brasil vive em uma realidade de mercado com variações cambiais expressivas. Ainda deve ser levado em consideração impostos, logística internacional e despesas aduaneiras, entre outros. 

Então como analisar a viabilidade financeira e calcular os custos da importação?

Este artigo foi preparado justamente para essa finalidade. Informar, explicar e mostrar como calcular os custos de importação de uma forma geral.  Você irá conferir:

O que fazer antes de importar?

Para conseguir fazer as transações internacionais, algumas burocracias precisam ser seguidas a fim de concluir todo o processo. Os custos da importação, por exemplo, impactam diretamente no lucro e precificação dos produtos ao chegar no país destino. 

Por isso, é extremamente importante que seja adotada uma operação eficaz e com o valor de mercado mais atraente para o importador. Logo, precisamos voltar nossa atenção a alguns tópicos.

Cadastro no Radar

Essa é uma ferramenta da Receita Federal. Todos aqueles que buscam importar ou exportar precisam ter um cadastro no Radar (Ambiente de Registro e Rastreamento da Atuação dos Intervenientes Aduaneiros). É através desse cadastro que a Receita Federal fornece dados e informações ao Sistema Integrado do Comércio Exterior (Siscomex). 

Após o cadastro, é feita uma análise de toda documentação enviada pela empresa ou importador/ exportador. Qualquer irregularidade ou pendência que possa haver no CNPJ cadastrado vai aparecer na busca. Assim como problemas tributários ou fiscais envolvendo os mesmos. 

Se aprovado, com o cadastro é permitido acesso ao Siscomex através de um certificado digital. Assim as informações são centralizadas, ao mesmo tempo que também são acompanhadas as operações de importação ou exportação feitas pelo CNPJ cadastrado. A aprovação do cadastro indica a regularidade da empresa com a Receita Federal, por isso os trâmites serão permitidos e acompanhados pelo órgão. s

Declaração de Importação

Outro ponto necessário atenção para quem tem o objetivo de importar ou exportar é a Declaração de Imposto (DI), documento preenchido sempre que solicitada a compra de mercadorias de outro país. 

O documento reúne informações referentes ao despachante aduaneiro, extremamente necessário para o prosseguimento da operação e importação do item. Justamente por toda a relevância, a DI e o arquivo simplificado (DSI) foram substituídos pela Declaração Única de Importação (DUIMP). 

É uma guia eletrônica com informações de natureza do desembaraço aduaneiro, administrativa, comercial, financeira, tributária e fiscal para fim de registro e fiscalização dos órgãos públicos e anuentes.

Logo, a inserção dos dados é referente a cada um dos itens. Havendo divergências ou inconsistências no preenchimento do documento, pode haver atraso na liberação da carga. É necessário estar atento aos detalhes da documentação para evitar futuras dores de cabeça. 

Leia mais: DUIMP: O que é? Quais as mudanças? Como se adequar?’

Principais custos de importação

Tudo possui um custo e com os produtos importados não seria diferente. Há uma série de taxas que precisam ser colocadas na ponta do lápis para uma análise mais assertiva sobre o valor que o produto terá e qual será seu preço final, evitando prejuízo.

Afinal de contas, não é de hoje que os elevados custos na importação vêm se tornando uma dor de cabeça e alvo de reclamação dos importadores. Por isso, é imprescindível conhecer o mercado internacional, os custos e, a partir disso, traçar uma estratégia financeira. 

Os custos de importação são compostos por uma série de detalhes e taxas, listadas a seguir

Custo do material

É representado pelo preço da matéria-prima/insumo ou do produto já pronto no país de origem e que, posteriormente, será importado. Esse valor é repassado ao fornecedor, aquele que está importando o item que, consequentemente, deve repassar ao consumidor final. 

Impostos

Aqui temos diferentes taxas que são pagas aos governos federal, estadual e municipal dentro da legalização do processo de importação como um todo, que irão depender do tipo de mercadoria que será importada ao país. 

Entretanto, no segmento de impostos ainda há uma subclassificação para um deles.

Imposto de importação

É o único que implica especificamente ao processo de importação. Esse tributo pode chegar até 60% do valor da mercadoria a ser trazida. 

IPI

Conhecido como Imposto sobre Produtos Industrializados, é o tributo aplicado sobre mercadorias industrializadas, nacionais ou importadas. A alíquota varia e, todo ano, é lançada na página da Receita Federal uma tabela específica. 

ICMS

Significa Impostos sobre Circulação de Mercadorias e Serviços. Esse imposto também varia, mas aqui é de acordo com cada estado destinatário do item. Por ser um tributo estadual, varia de acordo com origem e destino. As atualizações constam na Secretaria do Estado da Fazenda. 

PIS e Cofins

Geralmente a alíquota do PIS, o Programa de Integração Social, é de 1,65%, mas há exceções. Já o Cofins, que é a Contribuição Social para o Financiamento da Seguridade Social, a taxa é de 7,6% também com possibilidade de alterações. Ambos são contribuições sociais federais. 

Frete internacional

Esse tributo é relacionado ao valor pago pelo importador para trazer o produto de fora para dentro do país. Entre os fretes mais comuns estão: marítimos, onde o transporte por contêiner tem tido preços elevados recentemente; e também o aéreo. Existe ainda o frete doméstico, que corresponde ao valor aplicado do porto para levar a mercadoria até o destino. 

Despesas aduaneiras

É mais uma taxa com variação de acordo com a complexidade do serviço e também do volume de mercadorias importadas. Lembrando que ao importar mais de três mil dólares em cargas, é obrigatório ter o cadastro no Radar Siscomex, devido ao despachante aduaneiro. 

Seguro da carga

O custo da importação com esse seguro da carga fica entre 0,5% e 2% no valor da carga. Não é um serviço obrigatório de ser contratado, porém é indicado por quem trabalha com comex há muito tempo. A recomendação existe já que os produtos importados costumam ter valor alto. Ou seja, antes garantir um possível ressarcimento em caso de danos, do que contar com a sorte e acabar levando prejuízo. 

Leia mais:Qual a importância do despachante aduaneiro?’

Benefícios fiscais

Quando se está importando, é preciso ficar atento também aos benefícios fiscais da importação. Conhecer e entender cada um deles, já que pode variar de acordo com cada estado, uma vez que tem relação direta com o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços. É uma forma de atrair o investidor.

Devido a essas mudanças, algumas vezes desembaraçar uma mercadoria no próprio destino final dela, pode não ser tão vantajoso. Compensando mais aproveitar algum outro benefício local. 

Por exemplo, em alguns casos, escolher um estado diferente do estado que faz parte do destino final do produto, pode compensar pelo benefício do ICMS. Mesmo com custos de transporte e armazenagem adicionais, a soma ainda é mais barata / mais vantajosa que o pagamento do imposto do estado da empresa importadora que está em negociação. 

Utilize a planilha de custos de importação gratuita da Logcomex

A Logcomex desenvolveu e oferece gratuitamente a planilha de custos de importação para você conseguir planejar melhor suas ações na importação. Com a planilha de custos de informação, você consegue colocar os valores pagos no processo e calcular quanto você terá que pagar ao todo.

Abaixo, separamos ainda um passo a passo para você entender como ela funciona. Acesse a planilha. Na aba 2, preencha o nome do produto.

Facilite o calculo de custos de importação com a nossa planilha

Depois, preencha as informações de “Quantidade”, “Unidade de Medida”, “Peso”, “NCM”, “Descrição da NCM”.

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Depois, preencha os valores estimados e a moeda utilizada no pagamento. 

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Automaticamente, o valor aduaneiro será atualizado

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Na próxima tabela, preencha os valores dos impostos.

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Os valores e a base de cálculo será atualizada.

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Por fim, temos o custo total da mercadoria, tanto em dólar, quanto em libra e euro.

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