A eleição parlamentar de 2025 marca um momento decisivo para a Alemanha, um dos principais parceiros comerciais do Brasil na Europa. O país enfrenta desafios como crescimento econômico lento, crise energética e restrições fiscais impostas pelo "Schuldenbremse" (freio da dívida). O novo governo terá a tarefa de definir estratégias para a economia e o papel alemão no cenário global.
Uma possível flexibilização do Schuldenbremse poderia viabilizar novos investimentos em infraestrutura e defesa, impactando setores estratégicos e as cadeias produtivas internacionais. No comércio exterior, esse cenário pode influenciar as negociações entre União Europeia e Mercosul, um acordo que tem interesse da Alemanha e pode ampliar a participação de produtos brasileiros no mercado europeu.
Ao mesmo tempo, a situação política e econômica do país pode afetar previsões para negócios e relações comerciais. Mudanças na política industrial e ambiental alemã, com foco na reindustrialização verde e digitalização, podem impactar investimentos e a demanda por produtos e serviços.
As importações brasileiras da Alemanha cresceram em 2024, alcançando US$ 13,78 bilhões, com destaque para São Paulo, Rio de Janeiro e Santa Catarina como principais estados importadores. Entre os produtos mais adquiridos estão imunológicos, compostos químicos, automóveis e peças industriais. A evolução desse cenário dependerá das diretrizes do novo governo alemão e de seu posicionamento nas relações comerciais globais.