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EUA x China: impactos no mercado de metais e na indústria brasileira

Written by Redação Logcomex | 27.2.2025

O mercado global de metais está em um ponto de ebulição, impulsionado pelas novas sanções dos EUA à China.

As medidas do atual presidente norte-americano para restringir investimentos chineses afetaram diretamente a cotação de commodities como alumínio e minério de ferro, refletindo um ambiente de incerteza para a indústria. 

A queda no valor desses insumos demonstra o receio do mercado sobre o impacto das barreiras comerciais na demanda global.

Esse cenário tem implicações diretas para o Brasil. Segundo a plataforma NCM Intel, da Logcomex, as importações de produtos semiacabados de aço cresceram 21% em 2024, enquanto as exportações recuaram 24%. Isso ocorre porque a China, que enfrenta um excesso de produção devido à crise imobiliária e à desaceleração econômica, busca escoar seus produtos para mercados alternativos, incluindo o Brasil. Hoje, 58,2% dos produtos siderúrgicos importados pelo país vêm da China.

Além disso, as tarifas dos EUA sobre o aço e o alumínio subiram para 25%, o que pode ampliar a concorrência por mercados secundários, tornando o Brasil um destino ainda mais atrativo para esse fluxo excedente. 

O Instituto Aço Brasil já alertou que as medidas antidumping aplicadas até agora não foram suficientes para conter esse avanço.

Enquanto isso, commodities como cobre e ouro seguem oscilando conforme o apetite chinês varia e as tensões comerciais se intensificam. 

Com a guerra comercial em pleno curso e mudanças nas cadeias globais de suprimentos, 2025 será um ano crucial para a indústria metalúrgica brasileira, exigindo adaptação rápida e estratégias eficazes para manter a competitividade