O Terminal de Grãos do Maranhão (TEGRAM), no Porto de Itaqui, recebeu autorização ambiental para construir um novo berço de atracação com capacidade para até três navios simultâneos, além da ampliação de silos e armazéns.
O custo do projeto é estimado em R$ 1,5 bilhão e as obras estão previstas para começar no segundo semestre de 2025, com cerca de 70% do investimento financiado pelo Banco do Nordeste.
Com isso, o terminal deve aumentar a capacidade de movimentação total de carga em 30%, de 16 milhões de toneladas para 23,5 milhões de toneladas por ano. A capacidade estática dos armazéns deve subir das atuais 500 mil toneladas para 800 mil toneladas.
O TEGRAM é o principal local de escoamento de grãos produzidos na chamada região do Matopiba (Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia), recebendo 97% da produção local.
Levantamento feito pela agência Safras & Mercado para o Consórcio TEGRAM-Itaqui projeta, para a safra de 2032/33, um aumento de 8 milhões de toneladas de soja por ano na região, levando a produção para 29,9 milhões de toneladas (+36,1%).
A produção de milho, por sua vez, deve subir 34,5%, saltando de 13,2 milhões para 17,8 milhões de toneladas, segundo o estudo.
O objetivo da administração portuária é consolidar o Porto do Itaqui como o maior complexo exportador de grãos do Arco Norte brasileiro, região formada por Amapá, Amazonas, Pará, Rondônia e Maranhão.
Segundo dados da Logcomex, entre janeiro e outubro de 2024 foram exportados pelo Porto de Itaqui o equivalente a US$ 24,4 bilhões em carregamentos de soja (SH4 1201) e a US$ 5,4 bilhões em milho (SH4 1005).
Além dos grãos, outros produtos remetidos para o exterior por meio do porto incluem pastas químicas de madeira, minério de cobre, ferro, alumínio e gorduras animais.
Na semana passada, o TEGRAM completou o carregamento do seu primeiro navio com sorgo, destinando-se ao mercado europeu. A carga, que segue com destino à Espanha, inclui sorgo produzido nos estados do Maranhão e Piauí, além de milho.