O segundo trimestre de 2024 apresentou um crescimento de 4,7% na economia chinesa, ligeiramente abaixo das expectativas de 5%. Este desempenho reflete desafios estruturais significativos, como a crise no setor imobiliário, impulsionada pelo alto endividamento das construtoras.
Este cenário econômico, combinado com incertezas políticas recentes nos Estados Unidos, tem gerado volatilidade nos mercados financeiros globais, impactando diretamente o valor do dólar.
Para o Brasil, esses fatores podem ter efeitos mistos:
A soja continua sendo um produto de grande relevância, apesar da queda no valor FOB. Em 2023, 73,1% das exportações de soja do Brasil foram destinadas à China, totalizando US$ 105,7 bilhões, um aumento de 16,6% em relação ao ano anterior.
A demanda permanece robusta, com um aumento de 6% no volume exportado em 2024, sugerindo que a China mantém uma forte necessidade desse produto para a alimentação animal e produção de óleo vegetal.
O setor de óleos brutos de petróleo teve um crescimento expressivo de 27% em valor FOB e 26% em volume. Este aumento pode ser atribuído à contínua demanda chinesa por energia.
Os minérios de ferro, vitais para a indústria siderúrgica chinesa, também mostraram um crescimento significativo de 20% em valor e 12% em volume. A construção e infraestrutura continuam a ser áreas de investimento chave na China.
A carne bovina registrou uma ligeira queda de 4% em valor, mas um aumento de 10% em volume.
As pastas químicas de madeira também viram um crescimento de 15% em valor, apesar de uma leve queda de 3% em volume.
Fonte: Logcomex