De acordo com dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), na terceira semana de agosto, as exportações brasileiras de soja ganharam força, registrando um volume médio diário de 360 mil toneladas. Este número se aproxima da média observada no mês completo de agosto do ano passado, que foi de 364,65 mil toneladas por dia.
No entanto, segundo o CEPEA, apesar desse ritmo acelerado nas exportações, o mercado global da soja tem enfrentado pressões significativas. Na última semana, os preços futuros da soja caíram fortemente, voltando aos patamares observados em 2020, com o grão sendo negociado abaixo de US$ 10,00/bushel.
O USDA projeta que a produção global da oleaginosa atinja volumes recordes de 428,72 milhões de toneladas na safra 2024/25, apesar do crescimento nas transações internacionais e no consumo global.
Dados do primeiro semestre de 2024 confirmam a importância da soja para a balança comercial brasileira. De acordo com dados da Logcomex, no acumulado do ano, as exportações de soja não triturada (exceto para semeadura) totalizaram FOB de US$ 27,9 bilhões, com uma queda de 16% em comparação ao mesmo período de 2023. Em termos de peso, o volume exportado somou mais de 64 milhões de toneladas, um aumento de 2%.
A China permanece como o principal destino das exportações de soja brasileira, representando 74% do volume exportado em 2024, com um valor FOB de impressionantes US$ 20,1 bilhões. Outros mercados de destaque incluem Espanha, Turquia e Tailândia, que juntos correspondem a uma parcela significativa do comércio de soja, ainda que em menores proporções.
Mato Grosso lidera com folga entre os estados exportadores, contribuindo com 32% do total das exportações de soja do Brasil, equivalente a US$ 8,98 bilhões. Goiás e Paraná vêm em seguida, cada um representando cerca de 11% das exportações, com valores FOB de US$ 3,18 bilhões e US$ 3,03 bilhões, respectivamente.