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Como fazer importação de plástico? Quais são as estatísticas?

Written by Redação Logcomex | 19.10.2023

A indústria plástica sem dúvida desempenha um papel fundamental em diversas áreas, abrangendo setores que vão desde a alimentação até a tecnologia. A saber, o uso deste material tão versátil se dá na fabricação de uma ampla gama de produtos, como embalagens, componentes automotivos, utensílios domésticos e muito mais. Neste artigo veremos mais sobre este importante segmento.

O que é a indústria plástica?

A indústria plástica inegavelmente é um setor multifacetado que produz uma variedade de materiais poliméricos, cada um com propriedades únicas. Aliás, estes plásticos são essenciais em diversas indústrias, como alimentícia, automotiva, construção civil e eletrônica. Além disso, a constante inovação e evolução nesta indústria a tornam vital para a economia global.

O setor de plástico atua com diferentes tipos de materiais, sendo que os principais entre eles são o PET, o HDPE, o PVC, o LDPE, o PP e o PS. Confira na lista a seguir um breve detalhamento destes plásticos e os principais usos para os quais se destinam nas mais variadas indústrias:

  • PET (Tereftalato de Polietileno): ideal para embalagens de bebidas na indústria alimentícia, resistente e capaz de armazenar líquidos e gases. Também é reciclado para embalagens de limpeza e na indústria têxtil
  • HDPE (Polietileno de Alta Densidade): presente em caixinhas de leite e suco, é conhecido por sua resistência e reforço estrutural
  • PVC (Cloreto de Polivinila): utilizado na construção civil, destaca-se por suas propriedades estáveis. Seu uso é comum em tubulações, encanamentos, revestimentos e pisos
  • LDPE (Polietileno de Baixa Densidade): utilizado em selagem de calor, eletrônicos, sacolas plásticas, plástico filme e revestimento de cabos
  • PP (Polipropileno): termoplástico moldável em temperaturas elevadas, usado na produção de móveis, cadeiras, brinquedos, copos, eletrodomésticos, tampas de garrafas e embalagens flexíveis
  • PS (Poliestireno): versão mais rígida do polipropileno, se assemelha visualmente ao vidro. Conhecido como isopor em sua forma espumada, tem aplicações em CD’s, discos de vinil, tesouras, pentes, cabides e etc.

Como surgiu a indústria plástica?

A indústria plástica teve seu marco inicial no século XIX com a criação de plásticos sintéticos. O surgimento de polímeros como o bakelite e nylon foi crucial para o desenvolvimento da indústria. Ao longo dos anos, a diversificação de plásticos e seu uso generalizado em várias aplicações solidificaram seu papel na produção moderna.

Como funciona a indústria plástica?

A indústria plástica opera por meio de uma complexa cadeia de produção, desde a fabricação dos polímeros até a transformação final em produtos. Os plásticos são moldados e utilizados de acordo com suas propriedades específicas, sendo essenciais em áreas como embalagens, construção, e até mesmo na fabricação de componentes automotivos.

Tendências para o mercado de plástico

Em constante evolução, o mercado brasileiro de plástico apresenta perspectivas promissoras. Com um crescimento esperado de mais de 5% ao ano, impulsionado pela substituição de materiais tradicionais, como metais, o plástico está cada vez mais presente em setores-chave. 

Como é o caso, por exemplo, do segmento automotivo, assim como o da construção civil, além do setor eletroeletrônico e até da área médica. Aliás, vale citar nesse contexto as empresas líderes que desempenham papéis fundamentais neste cenário, como por exemplo BASF SE, SABIC, Solvay, Covestro AG e DuPont.

Apesar do crescimento contínuo, a indústria plástica enfrenta desafios significativos, especialmente relacionados à gestão de resíduos e à pressão por práticas mais sustentáveis. No entanto, estas dificuldades também abrem oportunidades para inovações em reciclagem, desenvolvimento de plásticos biodegradáveis e a busca por novos mercados, como o setor de embalagens sustentáveis.

Perfil das indústrias plásticas no Brasil

O anuário da ABIPLAST destaca a relevância da indústria de transformação e reciclagem de plástico no Brasil. Com um faturamento de R$ 117,5 bilhões (uma queda de 4%), 6,7 milhões de toneladas de produção física (6,1% menos que em 2021) e quase 360 mil empregos gerados, esse setor desempenha um papel vital na economia brasileira. 

A saber, a construção civil lidera como o principal segmento consumidor de plástico (com representatividade de 25,4%), seguido por setores como alimentício (que consome 21,9% do total produzido), a área de comércio e varejo (7,8%), além da de automóveis e autopeças (6,2%).

Estatísticas da importação de plástico no Brasil

Para obter as estatísticas de importação de plástico no Brasil compreendendo o terceiro trimestre de 2023, pesquisamos as NCMs de grupos específicos relacionados ao plástico (seja o produto acabado ou a matéria-prima para transformação). A saber, foram considerados os produtos enquadrados nas NCMs 9405.92.00 e 8547.20.90, bem como nos capítulos 39, 54-56, 63 e 65, além da subposição 3824.

Sendo que as NCMs mais importadas foram as abrangidas no capítulo 39, conforme é possível verificar na tabela abaixo — onde estão descritos ainda os valores FOB importados de cada uma, bem como o quilograma líquido da importação e a quantidade estatística:

NCM Descrição Valor FOB (US$) Quilograma líquido Quantidade estatística
39269090 Outras obras de plásticos 154.496.734,00 18.555.602,00 18.555.602,00
39012029 Outros polietilenos sem carga, densidade >= 0. 94, em formas primárias 126.163.545,00 112.944.160,00 112.944.160,00
39011030 Polietileno de densidade inferior a 0,94, sem carga 106.786.593,00 104.161.318,00 104.161.318,00
39233090 Outros garrafões, garrafas, frascos, artigos semelhantes, de plásticos 57.716.916,00 28.313.822,00 28.313.822,00
39201099 Outras chapas de polímeros de etileno, não reforçadas nem estratificadas, sem suporte, nem associadas de forma semelhante a outras matérias 29.714.705,00 7.604.882,00 7.604.882,00
39174090 Outros acessórios para tubos, de plásticos 24.871.577,00 1.474.486,00 1.474.486,00
39219019 Outras chapas estratificadas, reforçadas ou com suporte 24.281.997,00 9.250.052,00 9.250.052,00
39263000 Guarnições para móveis, carrocerias e semelhantes, de plásticos 21.115.213,00 1.099.372,00 1.099.372,00
39199020 Outras chapas, folhas, tiras, fitas, películas e outras formas planas, auto-adesivas, de plásticos, mesmo em rolos, de poli(cloreto de vinila) 14.948.740,00 5.371.827,00 5.371.827,00
39191090 Chapas, folhas, tiras, fitas, películas e outras formas planas, auto-adesivas, de plásticos, em rolos de largura não superior a 20 cm, de outros materiais 13.985.386,00 996.623,00 996.623,00
Principais NCMs importadas da indústria plástica

Países de origem da importação de plástico

Em se tratando dos principais países fornecedores da importação de plástico brasileira, a China lidera o ranking com +US$255 milhões. Porém, em peso total, o segundo colocado, EUA, ganha com +148 mil toneladas contra 98 mil toneladas do plástico chinês. Já o terceiro país a figurar no top três é a Alemanha, com +US$62 do total importado e +7 milhões de toneladas. 

Principais países de origem da importação da indústria plástica

Sendo que, no período, o Brasil importou +US$1 bilhão em plástico, o equivalente a 436 mil toneladas. O transporte dos produtos se deu principalmente por via marítima (83,57%). Com bem menor representatividade, foram utilizados também os modais aéreo (8,07%), rodoviário (7,57%).

Principais vias de transporte da importação da indústria plástica

Portas de entrada do plástico importado

As principais portas de entrada da importação de plástico brasileira foram o Porto de Santos, movimentando mais de US$370 milhões do total importado. Em seguida, surge o porto de Itajaí, com quase US$ 150 milhões. Por fim, ocupando a terceira posição do ranking, está o porto de Manaus, com praticamente US$ 115 milhões.

Principais URFs da importação da indústria plástica

Por fim, em se tratando da representatividade das unidades federativas, o estado com maior participação na importação de plástico brasileira foi São Paulo, que importou mais de 30% do produto. O estado de Santa Catarina ficou com o segundo lugar, tendo importado 23%. Enquanto o Amazonas encerra o top três com 11%.

UF do Produto Valor FOB (US$) Quilograma líquido Quantidade estatística
São Paulo 326.874.673,00 70.934.543,00 70.934.543,00
Santa Catarina 250.461.432,00 135.490.182,00 135.490.182,00
Amazonas 127.839.223,00 101.463.980,00 101.463.980,00
Paraná 79.592.036,00 30.755.840,00 30.755.840,00
Minas Gerais 70.672.948,00 31.518.654,00 31.518.654,00
Rio de Janeiro 60.592.429,00 9.381.621,00 9.381.621,00
Rio Grande do Sul 43.544.043,00 13.902.458,00 13.902.458,00
Pernambuco 29.063.170,00 9.509.669,00 9.509.669,00
Bahia 17.108.160,00 5.844.934,00 5.844.934,00
Goiás 14.012.474,00 3.274.803,00 3.274.803,00

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