A indústria plástica sem dúvida desempenha um papel fundamental em diversas áreas, abrangendo setores que vão desde a alimentação até a tecnologia. A saber, o uso deste material tão versátil se dá na fabricação de uma ampla gama de produtos, como embalagens, componentes automotivos, utensílios domésticos e muito mais. Neste artigo veremos mais sobre este importante segmento.
A indústria plástica inegavelmente é um setor multifacetado que produz uma variedade de materiais poliméricos, cada um com propriedades únicas. Aliás, estes plásticos são essenciais em diversas indústrias, como alimentícia, automotiva, construção civil e eletrônica. Além disso, a constante inovação e evolução nesta indústria a tornam vital para a economia global.
O setor de plástico atua com diferentes tipos de materiais, sendo que os principais entre eles são o PET, o HDPE, o PVC, o LDPE, o PP e o PS. Confira na lista a seguir um breve detalhamento destes plásticos e os principais usos para os quais se destinam nas mais variadas indústrias:
A indústria plástica teve seu marco inicial no século XIX com a criação de plásticos sintéticos. O surgimento de polímeros como o bakelite e nylon foi crucial para o desenvolvimento da indústria. Ao longo dos anos, a diversificação de plásticos e seu uso generalizado em várias aplicações solidificaram seu papel na produção moderna.
A indústria plástica opera por meio de uma complexa cadeia de produção, desde a fabricação dos polímeros até a transformação final em produtos. Os plásticos são moldados e utilizados de acordo com suas propriedades específicas, sendo essenciais em áreas como embalagens, construção, e até mesmo na fabricação de componentes automotivos.
Em constante evolução, o mercado brasileiro de plástico apresenta perspectivas promissoras. Com um crescimento esperado de mais de 5% ao ano, impulsionado pela substituição de materiais tradicionais, como metais, o plástico está cada vez mais presente em setores-chave.
Como é o caso, por exemplo, do segmento automotivo, assim como o da construção civil, além do setor eletroeletrônico e até da área médica. Aliás, vale citar nesse contexto as empresas líderes que desempenham papéis fundamentais neste cenário, como por exemplo BASF SE, SABIC, Solvay, Covestro AG e DuPont.
Apesar do crescimento contínuo, a indústria plástica enfrenta desafios significativos, especialmente relacionados à gestão de resíduos e à pressão por práticas mais sustentáveis. No entanto, estas dificuldades também abrem oportunidades para inovações em reciclagem, desenvolvimento de plásticos biodegradáveis e a busca por novos mercados, como o setor de embalagens sustentáveis.
O anuário da ABIPLAST destaca a relevância da indústria de transformação e reciclagem de plástico no Brasil. Com um faturamento de R$ 117,5 bilhões (uma queda de 4%), 6,7 milhões de toneladas de produção física (6,1% menos que em 2021) e quase 360 mil empregos gerados, esse setor desempenha um papel vital na economia brasileira.
A saber, a construção civil lidera como o principal segmento consumidor de plástico (com representatividade de 25,4%), seguido por setores como alimentício (que consome 21,9% do total produzido), a área de comércio e varejo (7,8%), além da de automóveis e autopeças (6,2%).
Para obter as estatísticas de importação de plástico no Brasil compreendendo o terceiro trimestre de 2023, pesquisamos as NCMs de grupos específicos relacionados ao plástico (seja o produto acabado ou a matéria-prima para transformação). A saber, foram considerados os produtos enquadrados nas NCMs 9405.92.00 e 8547.20.90, bem como nos capítulos 39, 54-56, 63 e 65, além da subposição 3824.
Sendo que as NCMs mais importadas foram as abrangidas no capítulo 39, conforme é possível verificar na tabela abaixo — onde estão descritos ainda os valores FOB importados de cada uma, bem como o quilograma líquido da importação e a quantidade estatística:
NCM | Descrição | Valor FOB (US$) | Quilograma líquido | Quantidade estatística |
39269090 | Outras obras de plásticos | 154.496.734,00 | 18.555.602,00 | 18.555.602,00 |
39012029 | Outros polietilenos sem carga, densidade >= 0. 94, em formas primárias | 126.163.545,00 | 112.944.160,00 | 112.944.160,00 |
39011030 | Polietileno de densidade inferior a 0,94, sem carga | 106.786.593,00 | 104.161.318,00 | 104.161.318,00 |
39233090 | Outros garrafões, garrafas, frascos, artigos semelhantes, de plásticos | 57.716.916,00 | 28.313.822,00 | 28.313.822,00 |
39201099 | Outras chapas de polímeros de etileno, não reforçadas nem estratificadas, sem suporte, nem associadas de forma semelhante a outras matérias | 29.714.705,00 | 7.604.882,00 | 7.604.882,00 |
39174090 | Outros acessórios para tubos, de plásticos | 24.871.577,00 | 1.474.486,00 | 1.474.486,00 |
39219019 | Outras chapas estratificadas, reforçadas ou com suporte | 24.281.997,00 | 9.250.052,00 | 9.250.052,00 |
39263000 | Guarnições para móveis, carrocerias e semelhantes, de plásticos | 21.115.213,00 | 1.099.372,00 | 1.099.372,00 |
39199020 | Outras chapas, folhas, tiras, fitas, películas e outras formas planas, auto-adesivas, de plásticos, mesmo em rolos, de poli(cloreto de vinila) | 14.948.740,00 | 5.371.827,00 | 5.371.827,00 |
39191090 | Chapas, folhas, tiras, fitas, películas e outras formas planas, auto-adesivas, de plásticos, em rolos de largura não superior a 20 cm, de outros materiais | 13.985.386,00 | 996.623,00 | 996.623,00 |
Em se tratando dos principais países fornecedores da importação de plástico brasileira, a China lidera o ranking com +US$255 milhões. Porém, em peso total, o segundo colocado, EUA, ganha com +148 mil toneladas contra 98 mil toneladas do plástico chinês. Já o terceiro país a figurar no top três é a Alemanha, com +US$62 do total importado e +7 milhões de toneladas.
Sendo que, no período, o Brasil importou +US$1 bilhão em plástico, o equivalente a 436 mil toneladas. O transporte dos produtos se deu principalmente por via marítima (83,57%). Com bem menor representatividade, foram utilizados também os modais aéreo (8,07%), rodoviário (7,57%).
As principais portas de entrada da importação de plástico brasileira foram o Porto de Santos, movimentando mais de US$370 milhões do total importado. Em seguida, surge o porto de Itajaí, com quase US$ 150 milhões. Por fim, ocupando a terceira posição do ranking, está o porto de Manaus, com praticamente US$ 115 milhões.
Por fim, em se tratando da representatividade das unidades federativas, o estado com maior participação na importação de plástico brasileira foi São Paulo, que importou mais de 30% do produto. O estado de Santa Catarina ficou com o segundo lugar, tendo importado 23%. Enquanto o Amazonas encerra o top três com 11%.
UF do Produto | Valor FOB (US$) | Quilograma líquido | Quantidade estatística |
São Paulo | 326.874.673,00 | 70.934.543,00 | 70.934.543,00 |
Santa Catarina | 250.461.432,00 | 135.490.182,00 | 135.490.182,00 |
Amazonas | 127.839.223,00 | 101.463.980,00 | 101.463.980,00 |
Paraná | 79.592.036,00 | 30.755.840,00 | 30.755.840,00 |
Minas Gerais | 70.672.948,00 | 31.518.654,00 | 31.518.654,00 |
Rio de Janeiro | 60.592.429,00 | 9.381.621,00 | 9.381.621,00 |
Rio Grande do Sul | 43.544.043,00 | 13.902.458,00 | 13.902.458,00 |
Pernambuco | 29.063.170,00 | 9.509.669,00 | 9.509.669,00 |
Bahia | 17.108.160,00 | 5.844.934,00 | 5.844.934,00 |
Goiás | 14.012.474,00 | 3.274.803,00 | 3.274.803,00 |
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