Logcomex Blog

Importação de fertilizantes cresce 8,3% e bate recorde dos últimos 5 anos

Written by Redação Logcomex | 31.1.2025

As importações brasileiras de fertilizantes bateram o recorde dos últimos cinco anos em 2024, segundo boletim logístico divulgado nesta semana pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).

Segundo o órgão, foram desembarcadas nos portos brasileiros 44,3 milhões de toneladas dos insumos, um crescimento de 8,3% em comparação aos 40,9 milhões no ano anterior.

Conforme o relatório, o Porto de Paranaguá (PR) foi a principal porta de entrada para os fertilizantes, por onde chegaram ao país 11 milhões de toneladas dos produtos, um aumento de 7,2% em relação a 2023 (10,3 milhões de toneladas.

O Porto de Santos (SP) aparece na sequência, com a importação de 8,9 milhões de toneladas no ano passado, 3,7% a mais do que as 8,6 milhões de toneladas recebidas no ano anterior.

Já pelos portos do Arco Norte, que inclui os complexos de Manaus (AM), Itaqui (MA) Porto Velho (RO), Docas de Santana (AP) e Docas do Pará, entraram 7,52 milhões de toneladas de fertilizantes, alta de 25,9% se comparados aos 5,97 milhões no ano retrasado.

O Brasil é o maior importador mundial de fertilizantes, adquirindo 87% do que consome de outros países. De acordo com o Conselho Nacional de Fertilizantes (Confert), o país importa 75% dos fosfatados, 85% dos nitrogenados e 95% do potássio.

De acordo com dados da plataforma NCM Intel, da Logcomex, os principais produtos do setor importados em 2024 foram outros cloretos de potássio (NCM 3104.20.90), que totalizou 13,6 milhões de toneladas (US$ 3,6 bilhões); ureia (3102.10.10), que alcançou 8,3 milhões de toneladas (US$ 2,7 bilhões); e sulfato de amônio (NCM 3102.21.00), que somou 6,1 milhões de toneladas (US$ 956,2 milhões).

Já os principais estados de destino das importações de fertilizantes foram Mato Grosso (17%), Paraná (15%), Rio Grande do Sul (14%), Maranhão (8%) e São Paulo (8%), ainda segundo os números da Logcomex.

No último ano, as importações dos insumos agrícolas registraram alta desde janeiro, em razão, em parte, do adiamento, no fim de 2023, das compras internacionais de nitrogenados por parte dos produtores.

No caso de fosfatados e potássicos, a queda nos preços fez com que agricultores ampliassem as aquisições de modo a elevar os estoques. O aumento da área produtiva da safra 2023/24 para a temporada 2024/25 também impulsionou os números.

Outro fator que contribuiu para os números no ano passado foi a intensificação do conflito no Oriente Médio, importante região fornecedora de ureia. A própria Conab, em seu boletim de outubro, trouxe a recomendação para agricultores anteciparem importações para evitar possíveis problemas de oferta e aumentos abruptos nas cotações dos fertilizantes diante do cenário.