De acordo com a Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq), o volume de importações no setor avançou 10,4% nos dez primeiros meses de 2024, na comparação com o mesmo período do ano passado. Trata-se da segunda maior variação da série histórica, atrás apenas do desempenho de 2013.
Durante a apresentação dos resultados do mês de outubro, a diretora de Competitividade, Economia e Estatística da Abimaq, Cristina Zanella, chamou a atenção, no entanto, para um diferencial em relação a 11 anos atrás.
Na época, o aumento das importações foi acompanhado de um maior volume de investimentos no país. No cenário atual, no entanto, as importações têm crescido sem que a taxa de investimento esteja próxima daquela observada em 2013.
Isso significa que a participação dos produtos importados em relação ao tamanho total do setor é bem maior neste momento, o que gera preocupações em relação à perda de protagonismo dos produtos nacionais.
Enquanto em 2013 as importações representavam 30% do consumo do setor, em 2024 a fatia dos produtos estrangeiros chega a 45%, segundo dados da entidade.
Para a Abimaq, questões como a diminuição do juros e do chamado Custo Brasil são os principais gargalos a serem resolvidos para se retomar os investimentos na indústria nacional.
Segundo dados da Logcomex, China e Estados Unidos são os principais fornecedores estrangeiros de máquinas, aparelhos, material elétrico e suas partes (Seção XVI do SH) para o Brasil.
Dos US$ 30,2 bilhões (FOB) em importações do setor no período de janeiro a outubro de 2024, o país asiático respondeu por US$ 7,8 bilhões (25,9%), enquanto os norte-americanos, por US$ 7,7 bilhões (25,5%).
Entre os principais produtos da categoria importados pelo Brasil nos dez primeiros meses de 2024 estão: