As importações de produtos da China tiveram peso maior na balança comercial brasileira entre janeiro e novembro deste ano, enquanto a participação chinesa nas exportações brasileiras recuou, na comparação com o mesmo período do ano passado.
Uma análise do Instituto Brasileiro de Economia (Ibre) da Fundação Getúlio Vargas (FGV) mostra que o superávit comercial do Brasil com o país asiático no acumulado de 11 meses foi de US$ 31 bilhões, o que representa 44,3% do saldo da balança comercial brasileira.
Mas a participação da China nas exportações caiu de 30,7% para 28,6%, enquanto a fatia chinesa nas importações brasileiras subiu de 21,9% para 24,1%.
Segundo os pesquisadores da FGV, a mudança se deu também em razão do aumento das exportações para os Estados Unidos e a União Europeia, e queda nas importações desses parceiros.
A Argentina, por sua vez, mesmo em crise econômica, importou mais produtos brasileiros e exportou mais para o Brasil, principalmente no setor automotivo.
Em 2024, até novembro, os principais produtos importados da China pelo Brasil, em valor, foram:
Já os produtos mais exportados do Brasil para a China no mesmo período foram:
Conforme dados da Logcomex, o saldo total da balança comercial até novembro foi de US$ 69,9 bilhões, resultado de US$ 312,3 bilhões em exportações e US$ 242,4 bilhões em importações.
A FGV projeta que este ano o Brasil deve ter um superávit entre US$ 74 bilhões e US$ 78 bilhões no comércio exterior.