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Importações de móveis e colchões cresce 27,2% em um ano

Written by Redação Logcomex | 14.2.2025

O valor total das importações brasileiras de móveis e colchões aumentou 27,2% em 2024, na comparação com o ano anterior, totalizando US$ 298,2 milhões, segundo levantamento do setor realizado pela Iemi.

A China foi a principal fornecedora, respondendo por mais de US$ 220 milhões, 73,8% do total. Na segunda colocação ficou a Áustria (6,6%), seguida pela Itália (6%).

De acordo com dados da plataforma NCM Intel, da Logcomex, entre os principais produtos móveis importados no ano destacam-se assentos giratórios de altura ajustável (NCM 9401.39.00), cujas compras externas somaram US$ 86,9 milhões (FOB), certos móveis de metal (NCM 9403.20.90), que totalizaram US$ 55,8 milhões, e outros assentos (NCM 9401.80.00), com US$ 39,6 milhões.

Segundo a Associação Brasileira das Indústrias do Mobiliário (Abimóvel), a predominância chinesa pode ser explicada, entre outros fatores, por uma produção em larga escala, regulação e custo trabalhista reduzidos, além de incentivos tributários que tornam seus produtos mais competitivos.

A concentração em um único fornecedor, no entanto, pode tornar o mercado nacional vulnerável e dependente.

As exportações de móveis e colchões brasileiros, por sua vez, avançaram 3,8% frente a 2023, encerrando o ano de 2024 com um faturamento de US$ 763 milhões, segundo dados da indústria moveleira.

A plataforma NCM Intel mostra que os principais produtos do setor exportados pelo Brasil no ano passado foram móveis de madeira, do tipo utilizado em quartos (NCM 9403.50.00), que gerou US$ 299,5 milhões em faturamento, outros móveis de madeira (NCM 9403.60.00), que totalizou US$ 214,7 milhões, e assentos estofados, com armação de madeira (NCM 9401.61.00), que somou US$ 75,4 milhões.

Segundo a Abimóvel, o Brasil ocupa a sexta posição entre os maiores produtores de móveis do mundo e o 26º na lista dos principais países exportadores.

A entidade defende a necessidade de fortalecimento da competitividade interna, de modo a garantir a qualidade do produto disponível no mercado brasileiro.

Medidas tributárias mais justas, incentivos fiscais voltados à inovação e sustentabilidade, redução da burocracia e de custos, além de investimentos em infraestrutura logística estão entre os esforços demandados pelo setor.