As compras do exterior com destino a Santa Catarina dispararam 23,5% em janeiro de 2025, na comparação com o mesmo mês de 2024, reforçando a tendência do estado como polo de importação.
Ao todo, o valor total de mercadorias entrantes voltadas ao mercado catarinense somaram US$ 3,3 bilhões (FOB), segundo dados da plataforma NCM Intel, da Logcomex.
As exportações de produtos da unidade federativa no primeiro mês do ano, por outro lado, caíram 2,7% na comparação anual, somando US$ 844,9 milhões.
No ano passado, o montante importado por Santa Catarina cresceu 17,4% em relação a 2023. O estado, que historicamente ocupava a terceira colocação no ranking de importadores, atrás de São Paulo e Rio de Janeiro, assumiu a segunda posição em 2021, quando aumentou em 54,8% o valor total de compras do exterior.
Comparativamente, em 2024, São Paulo, principal estado importador do Brasil e onde está localizado o Porto de Santos, maior do país em movimentação, avançou 5,72% nas compras do exterior.
A consolidação de Santa Catarina como importante polo importador se deve a uma combinação de fatores geográficos, econômicos e fiscais. Um dos principais é a infraestrutura portuária, já que o estado conta com cinco portos.
A posição geográfica facilita ainda a entrada de produtos de países como Argentina, Estados Unidos, Chile e México em rotas marítimas operadas pelo Oceano Pacífico.
Além disso, o governo estadual oferece uma série de benefícios fiscais, o que tem atraído empresas importadoras a se instalarem no local.
No ano passado, o município de Itajaí, no litoral catarinense, liderou o ranking de importações do Brasil pelo segundo ano consecutivo. A cidade sozinha somou US$ 15,9 bilhões (FOB) em compras do exterior, uma alta de 21% em relação ao ano anterior (US$ 13,1 bilhões).
Entre os principais produtos importados por Santa Catarina em janeiro, lideraram cátodos e seus elementos de cobre refinado (NCM 7403.11.00), que somou US$ 107,7 milhões; ureia (NCM 3102.10.10), com US$ 94,2 milhões; e painéis fotovoltaicos (NCM 8541.43.00), que totalizou US$ 83,5 milhões.
Como no restante do Brasil, a maior parte das importações catarinenses têm origem na China. Em janeiro, o país asiático enviou para o estado US$ 1,5 bilhão em mercadorias. Na sequência vieram Estados Unidos (US$ 192,3 milhões), Chile (US$ 165,7 milhões), Alemanha (US$ 146,5 milhões) e Argentina (US$ 115 milhões).
Dados como esses estão disponíveis na plataforma NCM Intel, que ajudam operadores do comércio exterior a obter informações atualizadas sobre as movimentações de importação e exportação brasileiras, garantindo vantagens competitivas e mais assertividade nas tomadas de decisão.