O ano mal começou e muita coisa já aconteceu no cenário internacional, esse ano promete muitos episódios de relacionamento e diplomacia entre países, que afetam o nosso comércio exterior.
Conheça nesse artigo 4 acontecimentos que indicam o porque esse ano será definitivo no comércio exterior.
Estamos vivendo o início da quarta revolução industrial, onde deixamos de viver em uma sociedade de descobertas da eletrônica e passamos a viver em uma sociedade completamente conectada entre pessoas e objetos.
Das grandes navegações até a globalização, o comércio exterior é um grande protagonista na execução de novas tecnologias. O ano de 2020 é um ano definitivo para as novas mudanças que essa revolução promete.
Com certeza você já ouviu falar em Big Data, BlockChain, Automação e Internet das Coisas. Essas ferramentas trarão agilidade e otimização nas operações de importação e exportação, mas como cada um desses fatores podem ajudar? E quais são as consequências em nível internacional?
Todas essas novas tecnologias desencadearão em alguns eventos jamais vistos anteriormente, influenciando de forma direta o comércio internacional.
Com todas as novas tecnologias, a guerra comercial entre países mudou de patamar, sanções anteriormente realizadas sobre commodities, serão realizadas sobre tecnologia, o exemplo disso são as patentes de 5G da China e Estados Unidos.
A China já começou a guerra retaliando alguns países europeus que não consomem a tecnologia, os países que já sofreram com essas retaliações foram: Dinamarca e Alemanha.
“Se a Alemanha tomar uma decisão que leve à exclusão da Huawei do mercado alemão, haverá consequências” – Embaixador Chinês na Alemanha
“China está confiante que Brasil escolherá a Huawei para o 5G” – Secretário da União Europeia
Em 2020 um assunto que será muito comentado é o meio ambiente, por esse motivo grandes corporações começaram a se preocupar com poluentes e descarte de resíduos.
No comércio exterior, este ano está marcado com o chamado IMO (International Maritime Organization) 2020, onde os armadores deixarão de consumir até 8,5 milhões de toneladas de poluentes emitidos por navios.
Para deixar o combustível mais limpo e cumprir com o acordo, é necessário mais diesel na mistura, aumentando as tarifas de frete. Dessa forma, no primeiro mês do ano, os armadores já sentiram aumento nos preços do combustível e repassaram uma nova taxa aos agentes de carga o BAF (Bunker Adjustment Fee) IMO 2020, dessa forma encarecendo o valor do frete total.
Outra atitude dos portos brasileiros será o PSP (Porto Sem Papel), que ajudará o meio ambiente e trará agilidade nas liberações das mercadorias, o objetivo é que todos os documentos sejam convertidos em um único.
As companhias aéreas não ficam de fora, estão reduzindo ao máximo a utilização de papel, dessa forma, utilizam menos combustível na aeronave, pois o peso é menor.
Com alguns conflitos internacionais acontecidos no início deste ano, somado com a não finalizada guerra comercial de China e Estados Unidos, especialistas afirmam que haverá uma desaceleração na economia a nível mundial.
A Associação Brasileira de Comércio Exterior do Brasil (AEB) projetou uma queda nas exportações no primeiro mês do ano, gerando um déficit na balança comercial. Isso exigirá do exportador uma maior criatividade para inovar e atingir novos mercados, e conseguir passar pelos entraves burocráticos e contábeis que imperam no país.
Nesse momento é importante a diversificação e agregação de valor ao produto e/ou serviço, mas esse é assunto para um outro artigo.
Comente o que você espera do COMEX em 2020!
Esse conteúdo foi escrito por Kauana Pacheco.