O Porto de Itajaí (SC) encerrou o ano de 2024 com uma movimentação total de cargas de 14,2 milhões de toneladas, segundo dados da administração portuária. O volume representa uma redução de 5% em relação ao observado no ano anterior, quando chegou a 15 milhões de toneladas.
A movimentação de contêineres também apresentou queda, com um total de 1,28 milhão de TEUs , uma redução de 1% em comparação com 1,3 milhão de TEUs movimentados em 2023.
Em termos de valor FOB, dados da Logcomex mostram que passaram pela Unidade da Receita Federal de Itajaí US$ 4,9 bilhões em cargas destinadas a exportação e US$ 10,9 bilhões em importações. Os números representam quedas de 33,3% e de 21,8%, respectivamente, em relação a 2023.
Em 2024, o Porto de Itajaí teve parte de suas operações suspensas em meio a um imbróglio após o término do contrato de concessão do terminal de contêineres.
Com a mudança da administração do complexo para a União, a partir de 2025, a expectativa é de que a movimentação de cargas seja retomada e ampliada, com planos de modernização da infraestrutura portuária.
Desde 1º de janeiro, a gestão do porto está sob responsabilidade da Autoridade Portuária de Santos (APS). Entre os principais produtos escoados no local estão madeira e derivados e carnes suína e de frango, além de tabaco e açúcar.
Além de Santa Catarina, estados como Rio Grande do Sul, Paraná, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul utilizam a estrutura portuária de Itajaí para suas vendas externas.
Mesmo com a paralisação de parte das atividades de seu porto, Itajaí foi o principal município de destino das importações brasileiras em 2024, pelo segundo ano consecutivo.
Entre os fatores que colocam a cidade no topo do ranking de importadores está sua localização estratégica, próxima aos demais países do Mercosul e com fácil acesso a outros estados do Sul e do Sudeste por meio da BR-101.
Essa característica faz com que o município atraia um grande número de empresas de logística e comércio exterior, além de indústrias que dependem de insumos importados.