As queimadas no estado de São Paulo, causadas sobretudo por secas severas, têm provocado danos significativos aos habitantes do estado. O estrago é irreparável para inúmeras famílias e, lamentavelmente, destroi sonhos e trabalho de décadas. Ao mesmo tempo, a calamidade impacta também produções agrícolas, além de produtores e empresas, como a Raízen e a São Martinho.
Estima-se que 1,8 milhão de toneladas de cana foram perdidas nestes dias de queimada no mês de agosto, um impacto que atinge não apenas a produção de açúcar e etanol, mas também o preço desses produtos no mercado global.
Esses incêndios estão afetando diretamente a cadeia produtiva, desde as plantações até a infraestrutura das usinas, gerando uma crise de oferta que eleva os custos para os consumidores e reduz a competitividade do setor.
A Raízen, uma das maiores produtoras do país, reportou dificuldades operacionais com interrupções em sua produção devido aos incêndios. Isso afeta também a economia local, que depende fortemente da exportação de commodities agrícolas.
Em resposta, o governo estadual anunciou uma linha de crédito emergencial de R$ 100 milhões, além de subvenções para seguros rurais, que cobrem até 30% dos prejuízos dos produtores. A medida é vista como crucial para ajudar na recuperação de lavouras e pastagens destruídas. No entanto, o impacto de longo prazo ainda preocupa, especialmente diante da pressão internacional para que o Brasil melhore suas práticas ambientais.
*Fonte: Logcomex
Embora queimadas em lavouras tenham sido uma técnica comum no passado, hoje são vistas como prejudiciais ao ciclo de chuvas, à qualidade do solo e à imagem do Brasil no exterior.
Por isso, empresas e organizações têm buscado alternativas, como a integração lavoura-pecuária-floresta, que dispensa o uso do fogo e preserva os recursos naturais.
Essa crise no agronegócio paulista sublinha a necessidade urgente de práticas mais sustentáveis e maior resiliência frente às mudanças climáticas, que parecem se intensificar a cada ano.
Além de lidar com os prejuízos imediatos, é essencial que o setor adote inovações para evitar que os incêndios continuem sendo um obstáculo recorrente à economia agrícola brasileira.