A Confederação Nacional da Indústria (CNI) e a Federação Empresarial do Japão (Keidanren) assinaram, na semana passada, uma carta de recomendações defendendo um acordo de parceria econômica entre o Mercosul e o país asiático. O documento foi lançado durante a 25ª Reunião Plenária do Conselho Empresarial Brasil-Japão, em Tóquio.
O acordo é defendido desde 2015 pelos setores empresariais dos países. Em 2018, a CNI lançou um roadmap com sugestões de pontos que deveriam ser abrangidos pelo documento.
Para o Japão, o acordo tornaria mais garantido o fornecimento de recursos minerais, ração e alimentos. Já para as economias do Mercosul, além de tornar mais fácil o acesso ao mercado japonês para mercadorias primárias, entre outras, a parceria permitiria a expansão para todo o mercado asiático a partir do Japão.
De acordo com a CNI, o Japão foi o 7º investidor direto do Brasil em 2023. Os setores automotivo, de equipamentos industriais, de aparelhos médicos e de borracha brasileiros foram os que mais receberam anúncios de investimentos do Japão entre 2019 e 2023, ainda segundo a entidade.
Na economia japonesa, os setores de químicos e de serviços empresariais foram os que tiveram mais investimentos brasileiros.
Segundo dados da Logcomex, o Japão é o 10º maior fornecedor de mercadorias importadas pelo Brasil e o 12º maior mercado consumidor dos produtos brasileiros no comércio global.
Entre janeiro e outubro de 2024, o Brasil exportou o equivalente a US$ 4,7 bilhões (FOB) ao mercado japonês e importou US$ 4,6 bilhões do país asiático, o que resultou em um superávit de US$ 61,7 milhões na balança comercial brasileira.
Ainda de acordo com dados da Logcomex, os principais produtos exportados pelo Brasil para o Japão nos dez primeiros meses deste ano foram:
Já os principais produtos importados do Japão pelo Brasil entre janeiro e outubro de 2024 foram: