Um dos maiores desafios enfrentados por importadores brasileiros na qualificação de fornecedores é encontrar empresas confiáveis com capacidade executiva para atender altas demandas sem oscilar a qualidade do produto entregue. Neste contexto, a atividade de sourcing internacional é estratégico para empresas que adquirem produtos do exterior, sobretudo fábricas que importam matéria-prima.
Este artigo é direcionado à importadores que desejam transformar a área de suprimentos em um verdadeiro radar de inovação. Se esse é o seu caso, não deixe de ler.
Durante muito tempo, o processo de sourcing internacional esteve concentrado nas mãos de trading companies e outros intermediários especializados. Sabemos que essas empresas desempenham um papel importante ao conectar importadores brasileiros a fornecedores estrangeiros, sobretudo em um cenário onde o acesso à informação e à tecnologia era limitado. No entanto, muitas vezes, os prestadores de serviço cobram comissões como percentual sobre o valor total da operação. Como resultado, os custos finais da importação aumentam, comprimindo ainda mais as já estreitas margens operacionais.
Em um contexto global marcado por alta competitividade, pressão por redução de custos e margens de lucro cada vez menores, depender exclusivamente de intermediários pode não ser a melhor estratégia. Além do impacto financeiro, há também riscos de dependência operacional, como atrasos, falta de visibilidade sobre a origem dos produtos, e perda de controle sobre prazos e padrões de qualidade.
Nesse cenário, adotar um modelo de sourcing estratégico próprio, apoiado por ferramentas tecnológicas, inteligência de mercado e dados confiáveis, pode representar uma virada de chave. Importadores que assumem o controle do relacionamento direto com fornecedores globais conseguem negociar melhor, reduzir custos com comissões e ganhar transparência em toda a cadeia.
Além disso, ao internalizar esse processo, a empresa desenvolve conhecimento crítico sobre mercados internacionais, fortalece sua autonomia estratégica e diminui a exposição a riscos associados à terceirização, tais como o desalinhamento de interesses ou a falta de agilidade para responder a mudanças repentinas no mercado.
Portanto, o impacto dos intermediários vai muito além do aspecto financeiro. Ele se estende à eficiência operacional, à gestão de riscos e à capacidade de inovação. Investir em sourcing estratégico próprio é, hoje, um diferencial competitivo relevante para empresas que querem crescer de forma sustentável e com maior controle sobre suas operações globais.
As empresas definem o sourcing estratégico internacional como um processo e, por isso, precisam estruturá-lo para que suas equipes atinjam os objetivos globais da organização.
Na prática, a atividade de nutrir e desenvolver relacionamentos diretos com fabricantes qualificados no exterior não costuma ser uma prioridade para indústrias brasileiras de porte médio. Entretanto, estima-se que uma abordagem sólida é capaz de eliminar a terceirização da atividade de sourcing, o que pode proporcionar reduções de custos significativos.
Em economias de primeiro mundo, é comum que fábricas dos mais diversos segmentos busquem produtos exclusivos para, posteriormente, transformá-los em produtos acabados. Este é outro aspecto que justifica a importância do sourcing estratégico para empresas importadoras. O intenso fomento da inovação nas indústrias químicas, por exemplo, já tem gerado um alto fluxo de envolvimento de engenheiros e profissionais de P&D na escolha de fornecedores.
Antes de mais nada, a boa compreensão dos critérios de compra. Portanto, entender o que a empresa busca, em quais volumes e com quais objetivos. A partir de então, a pesquisa de produtos deve ser iniciada a internacional.
Grandes indústrias costumam elaborar um documento chamado RFP (Request for Proposal), detalhando o que espera em termos de produto, prazos, preços e condições. Entretanto, tal prática não se aplica para empresas de pequeno e médio porte. Independentemente do ponto de partida formal, a equipe deve analisar cuidadosamente as propostas, avaliar as amostras e colher feedback com os profissionais certos.
Do ponto de vista da identificação de bons fornecedores, alguns critérios são fundamentais como: tempo de mercado, saúde financeira, capacidade produtiva, flexibilidade de personalização, atendimento e responsabilidade social.
Não é novidade que a tecnologia vem promovendo uma série de melhorias em atividades operacionais, sobretudo no comércio exterior, afinal o Portal Único do SISCOMEX já é uma realidade.
Do ponto de vista de importadores que buscam implementar o processo de sourcing internacional com o objetivo de não depender mais da terceirização, é possível destacar alguns benefícios que resultam da junção de IA e Big Data. Confira a seguir.
A ferramenta NCM Intel é capaz de melhorar o processo de sourcing internacional, porque oferece acesso a informações detalhadas sobre todos os importadores e exportadores que movimentam a economia global.
Com ela é possível realizar um mapeamento específico de fabricantes por classificação fiscal exata, garantindo compatibilidade técnica obtendo insights sobre a performance exportadora de fornecedores qualificados fora dos canais tradicionais. Além disso, é possível comparar valores praticados em diferentes mercados para fundamentar a negociação internacional.
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