Confira 13 dicas imbatíveis para reduzir custos na importação

Saiba como reduzir custos na importação com estas 13 dicas básicas

É parte primordial da profissão de quem trabalha com o comércio exterior entender e buscar maneiras de como reduzir custos na importação. Caso o foco esteja apenas em executar e concluir o serviço, muito provavelmente, os custos operacionais vão subir, mesmo que aos poucos. Por isso é importante atentar às mudanças e demandas de mercado, acompanhar a cotação do dólar, crises internacionais e ficar de olho com tudo que acontece que possa afetar o comex. Entendendo esse cenário, é possível conseguir diminuir alguns gastos — mesmo os necessários ou obrigatórios — aumentar a competitividade e ainda alavancar o próprio negócio. 

Agora, se você quer saber mais sobre esses custos e como tentar reduzi-los, nossa dica é que continue a leitura deste artigo! Separamos 13 dicas que podem ser bastante úteis. Bora lá!

Quais são os custos de importação?

Antes de entendermos quais os custos, vamos falar do processo em si.

Para estar apta a importar um produto, a empresa precisa seguir algumas regras. A primeira delas é estar cadastrada no Registro e Rastreamento da Atuação dos Intervenientes Aduaneiros (Radar). Afinal, sem esse cadastro feito, não é possível fazer nenhum tipo de importação. 

Com esse registro ok, libera-se o acesso ao Sistema Integrado do Comércio Exterior (Siscomex), onde se concentram as informações sobre controle de operações. 

É necessário ainda que seja feita a Declaração de Importação (DI). O importador precisa estar atento e confirmar se as mercadorias exigem Licença de Importação (LI). Aí, nesse caso especificamente, a solicitação precisa ser feita antes de começar o processo de importação.

Agora, sim! Voltemos aos custos de importação.

São muitas as taxas e tributos que as empresas precisam pagar para o andamento dos processos no comércio exterior. Sem falar dos possíveis prejuízos, penalidades e custos adicionais que aparecem durante a operação. 

Entre os principais custos, podemos destacar, então:

Valor

O produto ou serviço que será importado é parte importante a ser observada durante o processo. O valor final, que serve de base para cálculo de impostos e outros custos, depende dessa definição, pode variar

Impostos

São os valores pagos ao governo e incidem nas operações. Os cálculos são feitos com base em alíquotas variáveis que dependem da mercadoria. Podendo variar, a saber, entre 0 e 35%. A taxa de importação, portanto, é a junção dos impostos, sendo: 

  • Impostos de Importação (II) – taxa sobre o valor da mercadoria, que pode chegar até 60% do valor
  • Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) – aplica-se sobre o produto industrializado com alíquota variável. Os produtos importados são equiparados com produtos industrializados nacionais, segundo a lei brasileira
  • Programa de Integração Social (PIS) – esse imposto incide 1,65% sobre o valor de cada produto a ser importado
  • Impostos sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) – varia conforme cada estado destinatário
  • Contribuição para Financiamento da Seguridade Social (COFINS) – já este incide 7,6% do imposto sobre o valor dos produtos

Logística

É também uma parte do processo que traz altos custos para as operações dos importadores. Incluindo gastos com transporte, manuseio das cargas e ainda o armazenamento.

Sem deixar de lado os custos com o frete nacional e internacional, carga e descarga e, ainda, embalagem. São custos que o importador não consegue fugir, mas pode reduzir com boas estratégias de mercado.

Na parte de operações, podemos destacar a importância de se somar todos os custos burocráticos da operação, como a taxa de utilização do Siscomex, que incide independentemente dos tributos a recolher.

Tem também o custo com despachante aduaneiro.

Custos Fixos e Variáveis

É preciso atenção com esses custos na operação, já que fazem a diferença, uma vez que não podem ser observados e calculados incorretamente. Afinal, esse cenário pode trazer prejuízos. Para ficar claro:

  • Custos fixos – aqueles que independem de qualquer outro, sempre vão estar presentes, mesmo que a empresa tenha vendido pouco ou muito em determinado período
  • Custos variáveis – são aqueles que sofrem alterações constantemente. São afetados por mudanças que decorrem das oscilações relacionadas aos produtos. 

Custos Internacionais

Esses custos podem deixar o processo de importação dos produtos que vêm de fora mais caros ou mais baratos, dependendo de como será feita a negociação. A saber, algumas divisões nesses custos são: 

  • Frete/Transportes – eles podem ser marítimos ou aéreos, com valores que variam conforme o tamanho do contêiner ou peso de mercadoria. É um dos principais custos na operação 
  • Preços – os produtos importados têm um preço e, portanto, esse valor precisa entrar nos cálculos dos custos de importação
  • Seguro de transporte internacional – esse custo é opcional, visto que o seguro não é obrigatório, mas é importante para haver uma certa garantia no processo de importação
  • Transações cambiais – é um custo que deve considerar as despesas bancárias que são geradas no processo.

Leia mais: Entenda como a inflação impacta as importações e exportações

Para todo esse apanhado, o mais indicado é prestar atenção e acompanhar os custos de importação, possíveis mudanças, bem como de que forma elas afetam o seu segmento de trabalho. Assim, se evitam surpresas e prejuízos. 

13 dicas matadoras para reduzir custos na importação

Já vimos alguns dos principais custos e entendemos que, somados, eles pesam bastante no bolso do importador.

Então, agora, para ajudar, separamos algumas dicas úteis para amenizar os impactos e driblar esses gastos. Acompanha aí!

Invista nos benefícios fiscais

Todos os meios possíveis para conseguir reduzir uma tributação são válidos para quem trabalha com comércio exterior.

Afinal, os benefícios fiscais são formas de reduzir alíquotas nas operações, garantir um mercado mais competitivo e menos oneroso.

Portanto, uma opção é aproveitar as vantagens vigentes em alguns estados do Brasil com o ‘Tratamento Tributário Diferenciado’ (TTD), por exemplo.

Em resumo, esse é um conjunto de benefícios fiscais que vão impactar diretamente nas despesas de uma importação.

Por exemplo, em Santa Catarina, os TTDs 409, 410 e 411 em vigor têm como objetivo incentivar a importação no estado. Eles valem para empresas que estão em solo catarinense e aplicam-se em diferentes regimes.

Calcule o lote econômico

Lote econômico é a quantidade permitida ao importador para que tenha um melhor custo benefício entre valor unitário final e investimento total na importação.

Neste sentido , é preciso planejar o embarque da mercadoria, equilibrando a quantidade embarcada e o investimento necessário.

Afinal, é justamente essa combinação da balança que vai impactar diretamente no sucesso de uma importação com custos reduzidos.

Por exemplo: um embarque padrão de 10 mil unidades com o aporte total de US$ 100.000,00, traz um custo unitário de US$ 10,00.

O mesmo embarque, agora dividido em dois de US$ 50.000,00, vai gerar custo unitário em torno de US$ 10,15. 

Considere despesas operacionais

Para que a importação seja bem sucedida é preciso que seja desenvolvido determinado planejamento de despesas, pensando nos custos fixos exigidos por uma operação do comércio exterior e possíveis problemas que possam aparecer no meio do caminho.

Taxas, tributos e outras exigências que aparecem de repente podem não apenas pesar no bolso, como também afetar o resultado do processo.

Negocie com fornecedores

O valor de venda de um produto e a margem de lucro do vendedor determina-se pelo valor pago pela mercadoria, um dos principais componentes do custo de importação.

É através desse preço, ainda, que se calculam os pagamentos de impostos. Aliás, aqui no Brasil, usa-se este valor como base.

Justamente por isso, quanto menor o valor pago ao fornecedor, menor será o custo de quem está importando, com menos custos em território nacional e podendo conseguir mais lucros. Tá aí a importância de negociar com fornecedores.

Durante toda a negociação é preciso saber como se comunicar, exercer a barganha e, melhor ainda, conseguir estabelecer uma boa relação com o fornecedor.

Esse laço pode contribuir para que ele entenda a sua demanda e necessidade, além de facilitar na hora da pechincha. 

Escolha a melhor Incoterms

Incoterms é um conjunto de termos comerciais utilizados em vendas domésticas e internacionais estabelecido pela Câmara de Comércio Internacional.

Seu objetivo é garantir a padronização internacionalmente. Por isso, ao optar por processos de compras padronizados você pode estar perdendo a oportunidade de reduzir custos no processo logístico.

Assim, o mais recomendado é que sempre se estude o mercado para não cair em armadilhas, entendendo a demanda e oportunidades que podem otimizar e economizar no seu processo, sem perder a qualidade.

O recomendado, por exemplo, caso o exportador esteja começando no comércio exterior é comprar EXW, mas sem deixar de cotar no FCA/FOB, onde pode-se encontrar melhores e mais atrativos valores.

O que não faltam são opções, afinal, ao todo, são 11 Incoterms! 

Leia mais: Incoterms 2022: O que são? Quais os principais tipos? Quais escolher?

Faça um bom planejamento logístico

A escolha dos parceiros logísticos vai afetar diretamente a sua transação internacional. Isso porque tudo funciona como uma engrenagem. Um depende do outro para que o objetivo – no caso, a importação – seja feito com sucesso.

Agentes de cargas, transportadoras, armazéns e outros são essenciais para que se comuniquem bem para alcançar o êxito. Além disso, com tudo funcionando em harmonia, as chances de prejuízo são mínimas e tudo seguirá como planejado.

Por isso, tem que ser levado em consideração, ao buscar por um parceiro que fará parte do seu planejamento, estrutura, referências e nível de serviço oferecido, por exemplo.

Escolha com sabedoria a modalidade de frete internacional

Fixar um percentual de variação para a taxa de faturamento de despesas do frete internacional também é uma ‘mão na roda’ para poupar custos.

Neste sentido, é preciso saber olhar e entender alguns elementos que podem fazer a diferença.

Negociar o valor do frete e despesas atreladas, mas esquecer de checar a taxa de conversão da moeda é uma situação bastante comum.

Porém, essa falha é prejudicial porque isso faz parte da taxa de faturamento do frete e despesas — que, geralmente apresentado da seguinte forma: 

  • Capatazias = R$
  • Para o frete internacional = US$ ou outra moeda estrangeira
  • Com adicional ao frete = US$ ou outra moeda estrangeira
  • As despesas do frete na origem = US$ ou outra moeda estrangeira
  • E despesas do frete no Brasil = R$

Três dos custos mencionados acima estão em moedas que não são o real. Porém, como serão pagas no território nacional, precisam ser convertidas.

Para apenas um embarque, talvez, não seja um custo alto ou problema. Mas pensemos a longo prazo: essa mesma situação durante um ano, dois, dez. Muito poderia ter sido economizado, não?

Considere os custos de armazenagem

Nesse caso, é preciso comparar o frete com os custos de armazenagem de onde se realizará o desembaraço.

Algumas operações de importação podem compensar mais através de um modal aéreo, do que o marítimo, por exemplo.

Isso pode acontecer porque os despachantes cobram valores diferentes de acordo com o modo de embarque.

Lembrando que importação FCL não será mais barata que LCL, afinal não se pode decidir o modal de embarque apenas comparando o valor de frete. Além disso, precisamos entender que a utilização do modal aéreo não precisa ser somente para cargas urgentes.

Considerar isso tudo pode ajudar no custo.

Considere fazer a consolidação de carga na origem

A consolidação de carga possibilita que o importador faça a união da sua carga com a de dois ou mais fornecedores.

Essa manobra permite que o pagamento de custos seja relativo apenas a apenas uma importação. Claro que é preciso considerar a viabilidade da operação, já que há custos para transportar as cargas de um lugar para outro ou até mesmo calcular o modal que deverá ser utilizado para tal.

Por isso, é preciso colocar na balança e analisar o quanto compensa.

De qualquer maneira, é uma ferramenta logística útil e que pode tornar ainda mais viável as pequenas importações.

Avalie a viabilidade do desembaraço aduaneiro em zona secundária

As zonas secundárias – ou também conhecidas como portos secos – são armazéns mais distantes de aeroportos, portos ou fronteiras.

Mas, na prática, funciona da mesma forma que a primária. São espaços com postos da Receita Federal e órgãos federais, por exemplo.

A criação dessa zona deu-se para facilitar a liberação de mercadorias e ajudar a reduzir custos na importação, já que por estarem mais longe têm um custo de armazenagem mais barato e entregam a mercadoria no mesmo tempo da outra.

Mais uma vantagem é poder retirar cargas de forma parcial, transformando o espaço em um centro de distribuição, por assim dizer, pagando apenas impostos proporcionais. 

Revise bem a documentação pré-embarque

Os documentos precisam estar todos check — e olha que não são poucos! Afinal, a exigência é bem grande para viabilizar a importação de uma carga.

Além disso, se não estiver tudo correto, pode-se incidir multas pesadas. Sem falar na dor de cabeça.

Enfim, é imprescindível que a emissão dos documentos necessários seja feita para que a transação tenha êxito.

Uma análise tributária malfeita, por exemplo, pode afetar – e muito – para quem quer reduzir custos.

Um exemplo claro é a Licença de Importação. Sem a autorização emitida, há a possibilidade de aplicação de uma multa e, em alguns casos, pode haver até a remarcação dos produtos

Atenção ao negociar o câmbio

Quem está na ativa com o comércio exterior já sabe que as negociações acontecem em moedas estrangeiras. Sendo as mais comuns: dólar, euro e libra.

Claro que também pode-se utilizar outras, dependendo de onde está acontecendo a negociação. Por isso, é quase que automático pensar que haverá taxa de conversão para o real. São, no mínimo, três momentos de conversão:

  • Pagamento ao fornecedor estrangeiro
  • Pagamento de impostos e
  • Pagamento do frete internacional.

Quem está importando pode escolher qual banco prefere utilizar para pagar os fornecedores, o que abre margem para negociações de taxas de contratação da moeda e emissão de contratos de câmbio.

Já o pagamento de impostos na DI sempre terá a taxa oficial do governo referente ao fechamento do dia anterior. Não é negociável, mas o importador pode optar pelo dia de pagamento dos impostos.

Por outro lado, o frete e as taxas permitem negociação com o agente de cargas. Portanto, o custo final da operação em reais vai depender da melhor negociação a ser feita.

Leia mais: Taxas de câmbio na importação: Tudo que você precisa saber

Automatize processos

Várias ferramentas hoje podem auxiliar quem trabalha com o comércio exterior. São softwares e aplicativos específicos criados para atender às necessidades e demandas do setor.

Otimizar os processos através desses recursos é uma forma de investir em uma maneira de reduzir custos.

Como a Logcomex te ajuda a reduzir custos de importação?

A Logcomex fornece várias soluções úteis para reduzir e otimizar custos na importação. Confira alguns deles:

  • LogManager: com o gerenciamento em tempo real das suas cargas internacionais, esta solução permite que você evite custos adicionais com multas, sobrestadia e perdimento
  • LogAutomation: esta solução permite a automatização de declarações, registros, consultas e validações dos processos, trazendo redução de custos e aumento da eficência
  • Shipment Intel: identifique oportunidades de melhores fretes e prazos com novos parceiros logísticos — como agentes de cargas e armadores
  • NCM Intel: consulte os preços praticados em suas principais mercadorias importadas, analise impostos, identifique oportunidades de ex-tarifários e reclassificação fiscal e otimize seus custos.

Use a planilha de custos de importação gratuita da Logcomex

A Logcomex desenvolveu e oferece gratuitamente a planilha de custos de importação para você conseguir planejar melhor suas ações na importação. Com a planilha de custos de informação, você consegue colocar os valores pagos no processo e calcular quanto você terá que pagar ao todo.

Abaixo, separamos ainda um passo a passo para você entender como ela funciona.

1. Acesse a planilha. Na aba 2, preencha o nome do produto.

Facilite o calculo de custos de importação com a nossa planilha

2. Depois, preencha as informações de “Quantidade”, “Unidade de Medida”, “Peso”, “NCM”, “Descrição da NCM”.

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3. Depois, preencha os valores estimados e a moeda utilizada no pagamento. 

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Automaticamente, o valor aduaneiro será atualizado

Automaticamente, o valor aduaneiro será atualizado

5. Na próxima tabela, preencha os valores dos impostos.

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Os valores e a base de cálculo serão atualizados.

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Por fim, temos o custo total da mercadoria, tanto em dólar, quanto em libra e euro.

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