Como funciona a importação do difenoconazol?

O blog da Log está produzindo uma série de textos sobre a importação de produtos químicos. O artigo de hoje fala sobre o DIFENOCONAZOL.

Ele faz parte do hall de itens que são importados e estão diretamente ligados às operações de comércio exterior. Vamos entender um pouco mais sobre esse químico?

O que é DIFENOCONAZOL? 

O DIFENOCONAZOL, ou (cis-trans-3-cloro-4-[4-metil-2-(1H-1,2,4-triazol-1-ilmetil)-1,3-dioxolan-2-il]fenil 4-clorofenil eter), é um produto fungicida.  

Ele é utilizado, por exemplo, para inibir a ação de fungos que podem estar presentes nas folhas de frutas e vegetais como a maçã, uva, tomate e soja. Sua ação ocorre no sistema nervoso central dos fungos, danificando-o sem efeito reversivo. 

Como o DIFENOCONAZOL é utilizado na indústria? 

O DIFENOCONAZOL é utilizado na fabricação de fungicidas que são facilmente encontrados no mercado local.  

Ele pode ser utilizado para aplicação direta em plantações e inibe a ação de fungos nos alimentos, evitando o aparecimento das famosas pintas pretas e de oídio — uma doença que prejudica a produtividade e a qualidade nas frutas.

Ou seja, aquelas manchinhas brancas também de origem fúngica que tiram o sono dos donos de plantações no mundo todo.  

Se misturado com outros componentes, o DIFENOCONAZOL pode auxiliar na remoção de mofo — mesmo em uso doméstico no dia a dia — e da ferrugem. 

Como está a importação do DIFENOCONAZOL

Agora que foi possível entender a sua importância, é preciso compreender como o DIFENOCONAZOL se encaixa no cenário de comércio exterior. Ele segue tendo a nossa atenção por também ser um item importado. 

Esse fungicida vem apresentando bons resultados no mercado e, por não estar envolvido em nenhum escândalo, segue sendo um forte candidato no controle de fungos. 

Como pode ser utilizado em diversos produtos, além dos citados anteriormente, ele é objeto de consumo regular no mercado. 

Por isso, seu volume de importações é estável — não sofrendo interrupções ao longo do ano em geral e nem sob o cenário atual de pandemia. 

Leia mais: Importação do FIPRONIL: o que é e como funciona?

A importação de DIFENOCONAZOL nos últimos 11 meses 

Fungicidas possuem demanda regular ao longo do ano e isso pode ser observado fazendo um levantamento detalhado de como esse produto se comportou ao longo de 2020. 

Só neste ano foram efetuados 95 registros desse material. Hoje o Porto de Santos, que é referência na América Latina, recepciona seu maior volume de desembaraço, seguido do Aeroporto de Viracopos e do Porto de Paranaguá. 

Do ponto de vista financeiro, o montante chega a mais de US$ 41 mil, com mais de 2.000 toneladas, o que evidencia um item de alto desempenho e grau de eficácia.

Porém, ao mesmo tempo, com baixo custo se comparado com outros itens de mercado — tendo em vista que mais de 50% de suas importações são feitas sob o modal aéreo. 

Como funciona a importação do DIFENOCONAZOL? 

Falando de fungicidas no Brasil, diferentes órgãos podem ter sua atenção voltada para este produto atualmente. 

Sob o NCM 3808.92.99, dependendo de sua finalidade, ele pode ter que passar por anuência da ANVISA se for utilizado para melhorar a aparência de folhas em jardins amadores.

Pode ainda exigir a anuência do MAPA caso seja destinado para fins agropecuários; e pode necessitar de anuência do IBAMA se seu uso estiver relacionado à proteção de florestas e preservação de madeiras.  

Antes de realizar a importação do DIFENOCONAZOL, é importante ter muito bem esclarecida a sua real finalidade, para evitar qualquer problema com os possíveis órgãos anuentes no Brasil e alcançar um processo livre de exigências e eventuais entraves que podem resultar em custos extras e atrasos de entrega.

Sobre a tributação federal, o Imposto de Importação desta mercadoria foi por muito tempo 8%, mas sua alíquota atualmente é 0%, assim como o IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados).

O PIS segue o regime normal com alíquota de 2,10% e a COFINS a 9,5%. Contudo, é sempre importante conferir as alíquotas da NCM, a tributação do II e IPI, pois são números que podem mudar de um dia para o outro.   

Leia mais: Entenda a importação de produtos controlados pela Anvisa

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