A produção na China e a dependência internacional

A produção na China e a dependência internacional

Chamada por muitos de “A Fábrica do Mundo”, a China é o principal fornecedor de produtos de diversos setores, desde itens essenciais e matéria prima até bens luxuosos. O país possui a segunda maior economia do mundo, perdendo apenas para os Estados Unidos.

Os principais produtos fornecidos pela China são: maquinário e eletrônicos, commodities, veículos, tecido e artigos de plástico.

Além dos Estados Unidos, os principais compradores da China se concentram na Ásia, sendo eles Hong Kong, Japão, Coreia do Sul, Vietnã e Índia.

Em 2015, a China anunciou uma estratégia chamada de “MADE IN CHINA 2025” , cujo o objetivo principal é “conquistar o mundo” através da tecnologia e inovação, dessa forma  abandonando a fama de fornecer produtos de baixa qualidade e mão-de-obra barata. A iniciativa Belt and Road, é outra estratégia chinesa que envolve a sua infraestrutura e incentiva o investimento externo no país.

Atualmente, o país possui diversos polos tecnológicos e consegue oferecer preços competitivos para o mundo inteiro, apenas em 2018 o país investiu USS 284 bilhões em pesquisa e desenvolvimento.

Segundo a Bloomberg o Governo de Pequim acelera sua tentativa de liderança global em tecnologias-chave e planeja injetar mais de um trilhão de dólares na economia em projetos que vão desde redes sem fio até inteligência artificial em diversos países do mundo.

Com os fatores mencionados, é possível identificar o motivo da China ter se desenvolvido tanto ao longo da última década e aos poucos vir conquistando tantos os países e os tornando dependentes. A subordinação de uma nação perante a outra está ligada a entrada de capital e/ou bens essenciais no país, ou seja, importação e exportação. Os principais países que dependem da China para sua economia funcionar são: Hong Kong, Austrália,Chile,Indonésia Iraque,Mongólia,Nova Zelândia,Coreia do Sul,Peru,Cingapura,Coreia do Sul,Sudão,Taiwan e Brasil.

Mesmo antes do Coronavírus chegar ao Brasil, as primeiras consequências já haviam chegado. Com o isolamento social na China como medida para conter o vírus, muitas fábricas no Brasil que dependiam de partes e peças para concluir sua fabricação nos setores automotivos e eletrônica foram prejudicadas e tiveram que parar sua produção.

Após a pandemia, diversos países perceberam a grande dependência do gigante asiático e resolveram retirar seus polos industriais do país. Um exemplo, foi o Japão que ofereceu milhões de dólares como subsídios para que empresas japonesas deixassem a China.

Analisando a saída das empresas da China a longo prazo, isso só será possível se outras nações conseguirem ser competitivas em tecnologia, por exemplo oferecer  inteligência artificial, automatização, internet das coisas e outras inovações.

Fonte: Euromonitor

Escrito por: Kauana Pacheco