O Aeroporto Internacional do Galeão (RJ) registrou recorde na importação de carga aérea pelo terceiro ano consecutivo, com o equivalente a pouco mais de R$ 75 bilhões em mercadorias recebidas, uma alta de 18% em relação a 2023, segundo dados da concessionária responsável.
De acordo com a empresa, em um ano o tempo médio de permanência das cargas foi reduzido para 31h05min, o que representa uma queda de 9% no tempo entre o recebimento e a liberação das mercadorias.
O crescimento foi impulsionado pelo aumento de voos dos Estados Unidos e da Europa, além da entrada de uma nova rota cargueira, da companhia Atlas Air.
Entre os setores que mais movimentam cargas no aeroporto, estão os de petróleo e gás e farmacêutico. Além destes, os setores automotivo e têxtil também tiveram alta significativa.
A ampliação da oferta de espaço para transporte de cargas nas aeronaves também impactou os custos logísticos.
Entre janeiro e dezembro de 2024, o custo do frete aéreo internacional caiu, em média, 24% para mercadorias provenientes dos Estados Unidos e 7% para cargas vindas da Europa.
O uso do modal aéreo no comércio exterior brasileiro vem se recuperando nos últimos anos depois de uma queda durante a pandemia de Covid-19.
Segundo dados da plataforma NCM Intel, da Logcomex, em 2024 a movimentação internacional de cargas por aeronaves foi a maior da série histórica iniciada em 1997. Foram 2,6 milhões de toneladas exportadas, alta de 19,6% em relação a 2023, e 262,1 mil toneladas importadas (15%) pelo modal no ano passado.
Em termos de valor FOB, às vendas externas transportadas por via aérea somaram US$ 17,1 bilhões, um crescimento de 10,4% em um ano, enquanto a entrada de produtos estrangeiros por aeronaves somou US$ 52,8 bilhões, avanço de 14,6% na comparação com o ano anterior.
Ainda de acordo com os números do NCM Intel, em 2024 o Aeroporto do Galeão foi o terceiro principal do país em importações, com cerca de 16% de todas as entradas de cargas por via aérea, atrás apenas dos aeroportos de Viracopos (SP), com 31%, e de Guarulhos (SP), com 30%.