A balança comercial do Brasil vem apresentando um bom desempenho, e a projeção da Secretaria de Comércio Exterior é de que o ano de 2024 encerrará com superávit de US$ 70,4 bilhões. Em setembro deste ano, o superávit foi de US$5,4 bilhões, uma queda de cerca de 41,3% em comparação com o mesmo período de 2023, quando o registro foi de US$9,2 bilhões.
De acordo com a Logcomex, a China foi o principal parceiro comercial do Brasil, com US$ 46,3 bilhões (30%) de FOB importados e US$ 76,6 bilhões (40%) de valor FOB movimentado em exportações do Brasil para o país asiático, no período de janeiro a setembro de 2024.
Na terceira semana de outubro o superávit da balança comercial brasileira foi de US$ 932 milhões. Este valor está relacionado às exportações que registraram US$ 6,5 bilhões, enquanto nas importações o valor foi de US$ 5,6 bilhões, segundo a Secretaria de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC).
Resultados preliminares apontam que houve redução de 3,8% na média diária das exportações, em comparação com o mesmo período do ano passado.
Em 2023, o superávit registrado no mesmo período foi de US$ 2,403 bilhões.
De acordo com o MDIC, houve recuo nas exportações dos seguintes setores:
- Agropecuária — US$ 56,85 milhões, representando -18,6%;
- Indústria extrativa – US$ 37,8 milhões com queda de -10,6%;
Em um cenário oposto, produtos da indústria de transformação registraram crescimento nas exportações de US$ 41,46 milhões ( 5,6%) no período analisado.
O crescimento de 5,6% nas exportações desse setor, aponta uma resiliência das indústrias brasileiras perante um cenário global instável. Esse resultado pode ser reflexo de investimentos em tecnologia e automação que aumentam a eficiência operacional e permitem que produtos de maior valor agregado sejam criados, elevando assim, a competitividade internacional.
Já as retrações nos segmentos agropecuário e da indústria extrativa podem ser atribuídas a alguns fatores cruciais, como por exemplo, variações cambiais, eventos climáticos extremos, além das tensões geopolíticas.
A queda de -10,6% na indústria extrativa pode estar relacionada à volatilidade dos minerais e também do petróleo, que teve seu preço elevado devido aos cortes de juros na China e ao conflito no Oriente Médio.
Já as importações cresceram 15,5% na terceira semana de outubro, em comparação com o mesmo período do ano passado. Conheça os resultados registrados nos setores a seguir:
- Agropecuária - aumento de 16,9% — US$ 2,84 milhões;
- Produtos da indústria de transformação – 17,5% — US$ 152,4 milhões.
Em contrapartida, a indústria extrativa apresentou queda de US$ 3,17 milhões (-3,9%).