No dia 31 de janeiro, após a ratificação da rainha Elizabeth e do parlamento britânico, o Reino Unido oficialmente deixa a União Europeia, e realizando o BREXIT (British + Exit). Mas o que isso significa para o comércio exterior brasileiro?
Após 47 anos fazendo parte da UE, o Reino Unido decide deixar o bloco político e econômico, considerado a maior zona de livre comércio do mundo, possuindo hoje 27 países integrantes.
A União Europeia possui diversas estratégias comerciais utilizadas para aumentar sua competitividade a nível global. Porém o Reino Unido está buscando uma certa distância dessas estratégias e privilegiando a criação de acordos bilaterais, como com o Brasil ou Estados Unidos.
Influências do Brexit para o mundo
Segundo dados do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços. O Reino Unido representa para o Brasil 1.31% de todas as exportações.
No ano passado foi registrado aproximadamente 2,7 bilhões, ficando em 15º lugar nas vendas brasileiras. Os principais produtos vendidos à nação britânica são: alimentos, silício, celulose e metais.
O relacionamento da ilha com o bloco permanecerá por mais 11 meses, apenas a partir de 1º de janeiro de 2021 será possível verificar os impactos desse rompimento.
Alguns economistas afirmaram que já é possível analisar alguns impactos:
- Barreiras burocráticas podem aumentar para países que não possuem acordo com a ilha e serem reduzidas para países que irão realizar acordos bilaterais
- Enfraquecimento da União Europeia, se outros países deixarem o bloco
- A nação britânica mesmo sendo nacionalista, poderá se tornar mais liberal, pois nem sempre concordou com as barreiras protecionistas da UE
- Maior atividades comerciais com os Estados Unidos
- Aumento da incerteza sobre a estabilidade da economia mundial, após guerra comercial entre China e Estados Unidos e a situação crítica de saúde, provocada pelo coronavírus. Podendo ocorrer uma desaceleração da economia mundial
- Queda no investimento externo do Reino Unido, pois a maior parte dos investimentos provém da UE
- Desvalorização da moeda libra esterlina, ou seja, encarando a importação de produtos e gerando inflação de produtos como combustível e alimentos.