Até a terceira semana de janeiro, o Brasil vem registrando alta tanto nas exportações quanto nas importações, considerando a média diária até o momento, em comparação com o indicador de janeiro de 2024, segundo dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC).
Nas exportações, comparadas as médias diárias até a terceira semana de 2025 (US$ 1,3 bilhão) com a de janeiro de 2024 (US$ 1,2 bilhão), houve crescimento de 7,8%. Em relação às importações houve crescimento de 17,5% na mesma comparação: US$ 1,1 bilhão até a terceira semana de 2025 e US$ 932 milhões em janeiro de 2024.
Até a terceira semana de janeiro deste ano, as vendas para o exterior alcançaram US$ 15,7 bilhões (FOB). Já as compras internacionais somaram US$ 13,1 bilhões.
Com isso, a corrente de comércio chegou a US$ 28,8 bilhões (US$ 2,4 bilhões ao dia), um aumento de 12% em relação à média diária de janeiro de 2023. O superávit comercial até a terceira semana do mês é de US$ 2,6 bilhões.
O avanço foi sustentado pela indústria de transformação e pela indústria extrativa, cujas vendas externas cresceram 10% e 9,5% na média diária, respectivamente, no período. As exportações da agropecuária caíram 3,2%.
Já nas importações, houve crescimento de 39,4% na agropecuária, de 28,2% na indústria extrativa e de 16,2% em produtos da indústria de transformação.
Embora preliminares, os números apontam para uma melhora no comércio exterior brasileiro, em especial nas exportações, que tiveram seu auge em 2023, mas recuaram em 2024.
No ano passado, o Brasil teve o segundo maior resultado de sua balança comercial da história, com US$ 74,6 bilhões de superávit, atrás apenas de 2023 (US$ 98,8 bilhões).
Segundo dados da Logcomex, as exportações somaram US$ 337 bilhões (-0,8%), enquanto as importações alcançaram US$ 262,5 bilhões (+9%).
De acordo com a Secretaria de Comércio Exterior do MDIC, a queda no valor total de exportações foi resultado do recuo nos preços dos produtos embarcados, especialmente de commodities agrícolas.
Para 2025, o MDIC projeta que o Brasil terá superávit entre US$ 60 bilhões e US$ 80 bilhões, com as exportações ficando entre US$ 320 bilhões e US$ 360 bilhões, e as importações entre US$ 260 bilhões e US$ 280 bilhões.