De janeiro a agosto, exportações para os árabes cresceram 5% em volume, de acordo com o Cecafé. Desempenho é oposto ao geral, que registrou queda de 9,2% no mesmo período.
No sentido contrário ao desempenho geral do setor, as exportações de café aos países árabes cresceram 5% de janeiro a agosto, comparado com igual período do ano passado, totalizando 793.026 sacas de 60 quilos embarcadas. Os dados foram divulgados pelo Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé) nesta segunda-feira (11).
No total, os produtores brasileiros exportaram 19,3 milhões de sacas de café nos primeiros oito meses do ano, volume 9,2% inferior ao do mesmo período de 2016. Esses embarques renderam US$ 3,3 bilhões aos produtores, alta de 3,9% na mesma base de comparação. Aos árabes, separadamente, o avanço em receita chegou a 30%, para US$ 133,7 milhões.
O presidente do Cecafé, Nelson Carvalhaes, destacou em nota o resultado positivo do mês de agosto em isolado. Segundo o Cecafé, os embarques totais no mês passado avançaram 27,4% na comparação com julho.
“Agosto já traz para o setor uma perspectiva melhor, ainda que tímida, com dados mostrando sinais de recuperação. Isso reflete também em uma tendência para os próximos meses, como consequência das últimas safras colhidas. A expectativa é que, em setembro, o volume de exportação siga com disposição a crescer em torno de 20%”, disse o executivo, em comunicado.
Na comparação com agosto de 2016, porém, as exportações de café do mês passado registraram queda de 22% em volume. Foram enviadas 2,37 milhões de sacas no mês, gerando US$ 388,5 milhões em receita – que também caiu, 20,5%, apesar do preço médio da saca ter ficado 1,9% superior na mesma comparação.
Carvalhaes minimizou o desempenho negativo na comparação anual. “Os resultados já eram esperados por conta do cenário com uma safra menor e baixos estoques de cafés remanescentes.”
Os Estados Unidos seguem como principal cliente do café brasileiro, com 19,8% do total das exportações registradas de janeiro a agosto. Alemanha, com 17,1%, e Itália, com 9,2%, aparecem na sequência. Nenhum país árabe figura entre os dez maiores mercados compradores listados pelo Cecafé.
Fonte: www.anba.com.br
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