Exportação de bens de alta tecnologia foi a que mais cresceu em 2024

As exportações brasileiras de bens classificados como de alta tecnologia foram as que mais cresceram proporcionalmente em 2024 entre os setores industriais, com aumento de 11,5%.

Conforme definição da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), fazem parte do grupo de bens aeronaves, instrumentos e aparelhos de medida e verificação, equipamentos de comunicação e partes e medicamentos.

De acordo com levantamento do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), com o aumento das exportações de bens de alta tecnologia, a participação desse segmento na indústria de transformação passou de 3,8% em 2023, para 4,2% em 2024.

Para a pasta, a tendência indica uma evolução do comércio exterior brasileiro, que exporta cada vez mais produtos com maior valor agregado, que demandam mais investimento e contratação de mão de obra no país.

A indústria de transformação bateu recorde de exportação no ano passado, com um valor (FOB) embarcado de US$ 181,9 bilhões, o maior desde o início da série histórica.

Os ramos da indústria que mais exportaram em 2024, segundo dados da Logcomex, foram os de produtos alimentícios (US$ 66,5 bilhões) e de metais básicos (US$ 23,2 bilhões), que, juntos, responderam por quase metade (49,3%) das vendas internacionais de produtos industrializados.

As categorias são consideradas, conforme a classificação da OCDE, como de baixa e média-baixa tecnologia, respectivamente.

Considerando as exportações de todos os setores, houve recuo de 0,8% em relação ao ano anterior, tendência puxada principalmente pelo setor agropecuário, que reduziu em 11% o valor das vendas ao exterior de um ano para outro.

As importações do país somaram US$ 262,5 bilhões em 2024, resultando em um superávit primário de US$ 74,6 bilhões e uma corrente de comércio de US$ 599,5 bilhões.

Para 2025, o MDIC prevê que o Brasil terá superávit entre US$ 60 bilhões e US$ 80 bilhões, com as exportações ficando entre US$ 320 bilhões e US$ 360 bilhões, e as importações entre US$ 260 bilhões e US$ 280 bilhões.