Exportações brasileiras de carne bovina batem recorde em 2024

Com sucessivos recordes mensais, o ano de 2024 entra para a história como o de maior volume de exportações de carne bovina (SH4 0201 e 0202) pelo Brasil. Conforme dados da Logcomex, foram ao todo 2,5 milhões de toneladas, um incremento de 26,9% em relação ao ano anterior.

As vendas da proteína animal do gênero movimentaram US$ 11,7 bilhões (FOB), 22,8% a mais do que o faturado pelo setor em 2023.

O resultado, ressalta a Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (Abiec), coloca o setor na dianteira dentre os demais que contribuíram para o saldo positivo da balança comercial brasileira em 2024, que ficou em US$ 74,6 bilhões.

As vendas de carne bovina nacional no mundo são impulsionadas por iniciativas como a Brazilian Beef, fruto da parceria da Abiec com a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil).

O projeto envolve negociações para abertura de mercados que representam grande fatia do consumo mundial de carne bovina, dentre eles o Japão, o Vietnã, a Turquia e a Coreia do Sul.

Na segmentação por país, ainda conforme dados da Logcomex, a China manteve a posição de principal destino da carne bovina brasileira, com 1,32 milhão de toneladas compradas, somando um valor de US$ 6 bilhões (FOB).

No fim de 2024, o governo chinês chegou a abrir uma investigação sobre a importação de carne bovina pelo país para fins de aplicação de salvaguardas.

A apuração foi iniciada a partir de pedido de produtores locais, que alegam que o aumento das importações teria causado danos à produção local.

Dentre os demais mercados da carne bovina brasileira, os Estados Unidos vêm na sequência, com a importação de 189,2 mil toneladas do produto, totalizando US$ 942,7 milhões em 2024. Por lá, a queda na produção interna tem impulsionado as importações, beneficiando o Brasil.

Outros mercados importantes incluem os Emirados Árabes Unidos (129,1 mil toneladas e US$ 596,7 milhões), o Chile (108,8 mil toneladas e US$ 528,3 milhões) e as Filipinas (92 mil toneladas e US$ 333,8 milhões).