Confira o panorama da importação de doces no Brasil nos últimos 9 meses

Halloween: confira estatísticas da importação de doces

Gostosuras ou travessuras? Importação de doces! O Halloween é hoje e não tem como lembrar dessa data tão marcante sem pensar em doces. Afinal de contas, é justamente o momento de buscá-los. Aquela atividade engraçada de se caracterizar e montar um personagem para conseguir conquistar a maior quantidade possível de doces. 

Aqui no Brasil essa cultura ainda não é tão forte, mas mesmo assim é uma data importante. Cheia de surpresas! Continue acompanhando com a gente a leitura desse artigo para entender as estatísticas dos doces importados pelo Brasil. Já vai se programando pra ano que vem fazer parte desse cenário docemente assustador! 

Projeções do Halloween no Brasil: importação de doces

Segundo estudo “Expectativa de consumo para o Halloween”, orientado pela Globo, o segmento alimentício é o mais alavancado pela festividade no Brasil. Tanto que, entre 2020 e 2021, as vendas de guloseimas no período aumentaram 20%, de acordo com dados da Nielsen.

Só para exemplificar, a Hershey afirmou que não daria conta de atender à demanda do Dia das Bruxas no ano passado. Enquanto que a Arcor esperava por um aumento de 30% em seu setor candy em 2022.

2022 x 2023

Apesar de ainda não ser tão popular no Brasil, a comemoração ganha mais adeptos a cada ano. Em 2022, por exemplo, 52% das pessoas comemoraram o Dia das Bruxas no país, contra 48% que se abstiveram. Segundo pesquisa da Globo, as razões mais citadas para isso foram falta de costume (59%), religião (13%), escassez de dinheiro (10%) e desânimo (10%). Sendo que a comemoração em 2022 foi basicamente em casa de amigos ou na própria casa.

Este ano, a previsão é um aumento de 10% na porcentagem de brasileiros comemorando a festividade. Além disso, enquanto ano passado a compra de balas e doces para comemorar o Halloween foi de 68%, este ano 72% das pessoas afirmou ter comprado ou pretender comprar doces para a data. Confira mais tendências:

  • +39% pretende ir a uma festa na casa de amigos/familiares
  • +35 pretendem preparar uma festa em casa e chamar uns amigos/familiares
  • +32% pretendem fantasiar uma criança do seu círculo para se divertir na vizinhança
  • +29% pretende comprar ingressos para uma festa temática.

Panorama de consumo de doces

Já em relação ao costume mais característico da data: pedir doces de porta em porta, a pesquisa da Globo também levantou dados. Segundo a pesquisa, 41% das pessoas afirmam que já é uma tradição em seu condomínio/bairro ter crianças pedindo doces na data. 

Por outro lado, 45% das pessoas afirmam comprar doces para distribuir nessa época do ano — sendo que as lojas físicas de festas, super/hipermercados são os locais preferidos para estas compras. Aliás, a pesquisa apontou ainda que o limite definido para este tipo de aquisição é de até R$ 50,00.

Gastos com preparativos

A data comemorativa também possui uma faixa média de gastos envolvendo seus preparativos. De acordo com o levantamento, em 2022 os brasileiros gastaram entre R$ 51,00 e R$ 300,00 preparando a festa de Halloween. Sendo que 19% pretende reduzir despesas com o evento, 63% esperam manter e 18% pensam em aumentar os gastos.

Em relação a antecedência para os preparativos para o Dia das Bruxas, os itens necessários foram providenciados pelo menos um mês em 2022, de acordo com a pesquisa. Isso independentemente de se tratar de lojas online ou físicas. Como justificativa para a compra prévia de 2 meses, as pessoas afirmaram tempo para pesquisa (27%) e empolgação com a data (26%).

Por isso, o mês de outubro é tão importante para as marcas envolvidas no setor. Durante todo o ano há preparação para o Halloween que se mostra cada vez mais presente e potente dentro do Brasil. Toda a preparação tem o foco na comercialização do dia 31.

Panorama do Halloween no EUA

Tradicional nos EUA, o Halloween no país norte-americano está sendo impactado por uma mudança nos padrões de compra, reflexos da inflação causada principalmente pelas chuvas que afetam a África — principal fornecedora de um dos doces mais consumidos na data: os chocolates.

Cenário econômico

Com a inflação em alta, os preços dos doces dispararam, causando um aumento de quase 13% na categoria de doces e chicletes desde o ano passado. Em setembro, o Índice de Preços ao Consumidor revelou um aumento de 7,5% nos preços de doces e chicletes em relação ao ano anterior, mais que o dobro da taxa de inflação geral para todos os produtos. 

Como resultado, os gastos com doces para o Halloween estão previstos para alcançar US$ 3,6 bilhões em 2023, um aumento significativo em relação aos US$ 3,1 bilhões do ano anterior, de acordo com a pesquisa da Federação Nacional de Varejo.

Estratégias de compra em evolução

Diante dessa escalada de preços, os consumidores estão se adaptando. Uma pesquisa conduzida pelo Numerator revelou que 31% dos participantes estão optando por doces de valor ou de marca própria. Enquanto 15% planejam oferecer doces de marcas premium, outros 22% planejam comprar barras de chocolate grandes. 

A compra de doces para consumo próprio, também está em alta. Uma pesquisa da Mars descobriu que 89% dos americanos que comemoram o feriado consomem os doces. Contudo, 27% desses consumidores estão optando por doces premium ou de alta qualidade, enquanto 20% estão comprando produtos de valor.

Adaptações nas preferências de doces

Uma pesquisa do NIQ, indicou uma mudança nas tendências de compra, com mais pessoas optando por opções de menor custo para manter o espírito do Halloween vivo. Marshmallows e confeitos com cobertura de doce ganharam popularidade, pois seus preços unitários são mais baixos em comparação com os chocolates

Perspectivas

Diante dessa mudança nas preferências e comportamentos de compra, a indústria de doces está se adaptando rapidamente. Empresas como a Mars Wrigley estão ajustando suas estratégias para oferecer uma variedade de opções que atendam a diferentes orçamentos e paladares. 

Dados gerais da importação de doces no Brasil 

Para apresentar um panorama da importação de doces no Brasil nos últimos 9 meses, pesquisamos no Logcomex NCM Intel as principais NCMs relacionadas aos doces mais consumidos na data comemorativa:

  • NCM 2007.99.90 — Doces, pures e pastas, de outras frutas
  • NCM 2007.91.00 — Doces, geléias, “marmelades”, purês e pastas, de cítricos
  • NCM 1901.90.20 — Doce de leite
  • NCM 1704.10.00 — Gomas de mascar, mesmo revestidas de açúcar, sem cacau
  • NCM 2106.90.50 — Gomas de mascar, sem açúcar
  • NCM 1704.90.20 — Caramelos, confeitos, dropes, pastilhas, e produtos semelhantes, sem cacau
  • NCM 2106.90.60 — Caramelos, confeitos, pastilhas e produtos semelhantes, sem açúcar
  • NCM 1806.90.00 — Outros chocolates e preparações alimentícias contendo cacau
  • NCM 1806.32.10 — Chocolate não recheado, em tabletes, barras e paus
  • NCM 1806.31.10 — Chocolate recheado, em tabletes, barras e paus
  • NCM 1704.90.10 — Chocolate branco, sem cacau.

O total FOB importado alcançado foi de US$ 148 milhões, representando um peso líquido total de 21 mil toneladas. Isso tudo em quase 2 mil operações estimadas. Na imagem abaixo, confira os valores de frete, seguro e quantidade estatística da importação de doces no Brasil nos últimos 9 meses:

Principais fornecedores da importação de doces 

Em relação aos principais fornecedores, este ano, a Áustria lidera o ranking dos países de origem da importação de doces em valor FOB (sobretudo em caramelos). Seguida por Bélgica (que exporta em especial gomas de mascar, caramelos e chocolates), Itália (destaque entre doces, geléias, “marmelades”, purês e pastas, além dos chocolates). E, enfim, Suíça (que fornece principalmente chocolates). 

Captura de tela da plataforma Logcomex apresentando dados gerais da importação de doces
Dados gerais da importação de doces. Fonte: Logcomex

Principais unidades de desembaraço da importação de doces

No ranking de principais unidades de desembaraço do doce importado, o aeroporto internacional do Rio de Janeiro lidera disparado, à frente do Porto de Santos, Itajaí e porto de Rio Grande. Outras URFs que figuram no ranking são o porto do Rio de Janeiro, o aeroporto internacional de São Paulo/Guarulhos, o porto de Paranaguá e a alfândega de Uruguaiana.

Gráfico em barras horizontais apresentando as URFs da importação de doces
Principais URFs da importação de doces. Fonte: Logcomex

Principais estados brasileiros importadores de doces

Mantendo sua posição de 2022, o principal estado importador de doces continua sendo Minas Gerais, porém com queda de 12% no valor FOB das importações. Em seguida, estão São Paulo e Santa Catarina (ambos com aumento de 3% em relação ao ano passado), além do Rio Grande do Sul (o segundo com maior queda neste ranking, com -8%).

Gráfico em barras horizontais apresentando as UFs da importação de doces
Principais UFs da importação de doces. Fonte: Logcomex

Modais de transporte da importação de doces

Entre os principais modais de transporte utilizados para transportar os doces importados estão o marítimo (tendo movimentado +US$112 milhões de doces) e o rodoviário (com movimentação total de +US$27 milhões no período). Enquanto que na lanterna, ficam a entrada/saída ficta (≃US$8 milhões) e o modal aéreo (US$ 448 mil): 

Gráficos em rosca apresentando os principais modais da importação de doces
Principais modais da importação de doces. Fonte: Logcomex

Tendências da importação de doces

Por fim, em relação à tendência de importação de doces ao longo dos últimos 9 meses, o valor total importado e peso apresenta pico nos meses de janeiro, março, maio, julho e setembro. Sendo que alguns destes meses antecedem datas comemorativas: Páscoa, Dia dos Namorados e Halloween.

Gráfico em linhas verticais apresentando as tendências mensais da importação de doces
Tendências da importação de doces. Fonte: Logcomex

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