Como a crise no mar vermelho pode afetar os negócios no Brasil?

A crise no Mar Vermelho tem provocado efeitos significativos na economia global, incluindo impactos no Brasil. Desde novembro de 2023, os rebeldes Houthis têm interferido em uma das rotas marítimas mais estratégicas do mundo. 

Dados da Agência de Inteligência de Defesa dos Estados Unidos indicam que pelo menos 65 países já estão enfrentando consequências dessa instabilidade.

Recentemente, o chefe da Delegação Nacional do Iêmen autorizou a retirada do navio “Sounion”, o que pode indicar uma possível trégua. No momento, não há relatos de vazamento de óleo, e a força naval da União Europeia permanece em alerta para prevenir um desastre ambiental. 

No entanto, a situação permanece delicada, com 25 navios mercantes, incluindo 10 petroleiros, ainda na zona de risco ao sul do Mar Vermelho.

Efeitos na logística

Desde fevereiro de 2024, empresas como British Petroleum (BP), Maersk e Shell foram forçadas a desviar suas rotas, resultando em custos adicionais, aumento no tempo de viagem, maior consumo de combustível e elevação das apólices de seguro. Esses fatores têm impacto direto na cadeia logística global, afetando também o Brasil.

Para empresas brasileiras, o aumento dos custos logísticos pode resultar em margens de lucro menores, especialmente em setores que dependem de importações, como o automotivo e o de bens de consumo. Esses setores podem enfrentar desafios adicionais, como a elevação dos preços de produtos finais, que podem afetar o consumidor.

Oportunidades para o Brasil

A crise no Mar Vermelho também pode gerar oportunidades para o Brasil, que é um grande exportador de petróleo. A situação pode permitir que o país aumente sua participação no mercado global como fornecedor alternativo.