Importação de máquinas agrícolas avança, e Michelin aposta no agro para crescer na América Latina

O setor de máquinas agrícolas no Brasil enfrentou desafios significativos em 2024, registrando uma queda de 19,8% nas vendas, totalizando 48,9 mil unidades comercializadas, de acordo com a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea). Essa redução é atribuída a fatores como a diminuição da safra de grãos, queda nos preços das commodities, aumento das taxas de juros e condições climáticas adversas.

Paralelamente, as importações de máquinas agrícolas têm crescido. Em quatro anos, essas importações triplicaram. Só nos dois primeiros meses de 2025, segundo a Logcomex, o valor FOB de máquinas agrícolas importadas foi de US$ 241 milhões, um aumento de 23,4% em relação ao mesmo período do ano anterior. 

Mais de 29% das máquinas importadas são oriundas da China, e 28% dos Estados Unidos, além de Alemanha, com 9% e Índia, com 6%. 

Em meio a esse cenário desafiador, a Michelin, tradicionalmente associada à produção de pneus, tem direcionado esforços para expandir sua atuação no agronegócio latino-americano. A empresa tem investido em tecnologias que reduzem a compactação do solo por tratores e máquinas, visando melhorar a produtividade e reduzir o consumo de combustível. Além disso, a Michelin tem marcado presença em feiras agrícolas, onde apresenta soluções inovadoras para o setor.

A estratégia da Michelin reflete uma tendência de diversificação e busca por inovação no mercado agrícola. Ao investir em tecnologias que atendem às necessidades específicas dos produtores, a empresa não apenas amplia seu portfólio, mas também contribui para uma estratégia aliada ao desenvolvimento sustentável do agronegócio na América Latina.