Ao divulgar o balanço do setor em 2024, a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotivos (Anfavea) celebrou os resultados das exportações de dezembro.
Segundo a entidade, os números confirmaram um viés de alta no segundo semestre, que compensou o fraco desempenho da primeira metade do ano e praticamente igualou o resultado de 2023, indicando uma recuperação nos embarques em 2025.
Conforme dados da Logcomex, as exportações de automóveis de passageiros (SH4 8703) somaram 303,2 mil unidades, 3% abaixo das vendas do setor ao exterior em 2023 (312,5 mil).
No primeiro semestre de 2024, o recuo, na comparação anual, era de 33,9%.
Apesar disso, as importações superaram as exportações, com 391,9 mil unidades entrantes no país ao longo do ano, o que representa uma alta de 47,7% em relação a 2023.
O indicador foi puxado principalmente pelas compras externas de carros híbridos e elétricos, que dispararam 136,1%, de 79,8 mil unidades em 2023 para 188,5 mil unidades em 2024.
Desde o ano passado, a Anfavea defende um aumento imediato no imposto de importação de veículos elétricos de modo a reduzir principalmente a entrada de modelos chineses.
Para a entidade, a medida seria fundamental para reequilibrar os volumes de exportações e importações e evitar um novo déficit na balança comercial do setor.
No fim de 2023, de modo a proteger a indústria automotiva nacional, o governo anunciou a retomada e o aumento gradual do imposto de importação sobre automóveis híbridos e elétricos.
A partir de janeiro de 2024, passou a incidir alíquota de 10% sobre carros 100% elétricos, 12% sobre híbridos plug-in e 15% sobre os demais híbridos. A partir de julho, a tributação subiu para 18%, 20% e 25%, respectivamente.
Em julho de 2025, o imposto salta para 25%, 28% e 30%, e em julho de 2026 vai a 35% para as três categorias.
As fabricantes locais, no entanto, querem que o governo federal antecipe o aumento das alíquotas, seguindo uma tendência global.