Na última sexta-feira, informamos que o atual governo do Brasil zerou o imposto de importação para nove categorias de alimentos. A expectativa era reduzir os custos para o consumidor, mas novos dados mostram que essa medida pode ter um impacto mínimo no comércio exterior do país.
Segundo dados recentes, os alimentos incluídos na isenção somaram US$ 1,69 bilhão em importações em 2024, o que representa apenas 0,64% do valor total importado pelo Brasil. Em volume, esses produtos totalizaram 1,92 milhão de toneladas, ou seja, apenas 1,04% do total das importações brasileiras.
O azeite foi o item mais importado dentro dessa lista, com US$ 780,5 milhões, seguido pela carne bovina (US$ 305,8 milhões) e o milho não moído (US$ 292,5 milhões). Em peso, o milho foi o grande destaque, representando 1,63 milhão de toneladas, muito acima dos outros itens, como azeite (77,5 mil toneladas) e açúcar (66,8 mil toneladas).
Qual será o impacto nos preços?
Mesmo com a isenção de impostos, o impacto sobre os preços internos pode ser reduzido por alguns fatores:
A isenção de impostos pode ajudar a reduzir o custo de determinados produtos importados, mas não será suficiente para gerar uma queda expressiva nos preços ao consumidor. A oferta interna e fatores como a variação cambial terão papel mais importante na definição dos preços finais.