Começamos aqui uma série de textos que nos permitirão conhecer as principais características do Japão.
Normalmente relacionamos este país à alta tecnologia, às bombas nucleares do século passado e às diversas artes marciais milenares. Contudo, veremos nessa série características que vão muito além dessas três.
Por isso, para compreender um pouco mais sobre todos os aspectos que envolvem Nippon (nome oficial em japonês), começaremos nossa caminhada neste primeiro texto para conhecer suas características geográficas, históricas e demográficas, além de seu sistema político e curiosidades.
O Japão está localizado no leste da Ásia e é uma cadeia de ilhas entre o Oceano Pacífico Norte e o Mar do Japão, à leste da Península Coreana. Por conta disso, não possui fronteiras terrestres.
É composto por quatro ilhas principais, Hokkaido, Shikoku, Kyush e Honshu (a maior e mais populosa), e mais 6.848 ilhas menores.
Possui área de 377,930km2 e a capital do país é Tóquio, que significa “capital oriental” em japonês. Anteriormente, a cidade se chamava Edo e foi em 1868 que recebeu o novo nome.
A sua área litorânea é vasta, representando um total de 29.751km. Por conta de sua localização, o clima é tropical no Sul e temperado frio no Norte.
Assim sendo, muitos portos compõe a infraestrutura do país. Um dos mais importantes é o de Yokahoma, que começou a operar em 1859. Ele fica localizado na região metropolitana de Tóquio e, com sua arquitetura moderna, é uma bela porta de entrada para a capital.
No ano de 2016, foi classificado como 48º porto mais importante do mundo em movimentação de contêineres (2,780 milhões de TEU).
O Japão também possui o quinto aeroporto mais movimentado do mundo (85,505 milhões de passageiros em 2019).
O Aeroporto de Tóquio, mais conhecido como Aeroporto de Haneda, foi inaugurado em 1931 e é hoje o mais importante do país. Além disso, foi eleito como o terminal mais limpo do mundo.
Nos textos seguintes, veremos mais sobre outros portos e aeroportos importantes do país.
O país possui um grande número de vulcões, mas boa parte deles se encontram adormecidos. Também conta com alto risco de ocorrência de terremotos e tsunamis: registra-se cerca de 1.500 abalos sísmicos por ano.
O principal motivo dessas incidências se dá pelo fato do país estar localizado no Círculo de Fogo, uma região às margens do Oceano Pacífico, que tem muitos vulcões ativos e é um epicentro de terremoto.
Cerca de 90% dos terremotos registrados no mundo acontecem no Círculo de Fogo.
O Japão possui três níveis administrativos: nacional, prefeitural e municipal.
Abaixo da esfera nacional, há 47 prefeituras, que possuem função semelhante às dos estados brasileiros. Cada uma dessas prefeituras abrange uma quantidade de cidades, vilas e aldeias.
A guerra civil do Japão teve fim em 1603, o que marcou o início de um grande período de estabilidade política e isolamento da cultura estrangeira.
Foi somente em 1854, após a assinatura do Tratado de Kanagawa com os EUA, que o Japão abriu seus portos e iniciou seu período de modernização e industrialização.
Entre o final do século XIX e o começo do século XX deu-se início a um forte período de expansão, quando o Japão ocupou a Coreia, Taiwan e o sul da ilha Sakhalin. De 1931 a 1932, ocupou a Manchúria e, cinco anos depois, começou uma longa expansão em direção à China. Em 1941, o Japão atacou as forças estadunidenses, o que desencadeou a entrada dos americanos na Segunda Guerra Mundial. Após isso, logo ocupou grande parte do Leste e Sudeste Asiático.
Apesar da perda de grande parte dos territórios ocupados e das cidades devastadas após os atentados nucleares ao fim da Segunda Guerra, o Japão logo se recuperou e tornou-se uma grande potência mundial aliada dos Estados Unidos.
Em 2019, a sua população era de 126,8 milhões, passando para 126,4 milhões em 2019, o que representou uma taxa de crescimento de –0,30%.
A média da população é de 48,6 anos e, na pirâmide etária abaixo, a predominância é de pessoas com idade entre 45 e 49 anos.
Desde 2014 o país oscila entre a oitava e a décima posição no Índice Global da Paz, ficando em nono colocado no ano de 2020.
A expectativa de vida ao nascer é de 86 anos, segunda melhor taxa no ranking mundial, atrás somente de Mônaco.
No que diz respeito aos aspectos sociais, o país é exemplar, visto que 99,01% da população tem acesso à água potável.
O idioma oficial é o japonês. Cerca de 70% da população é xintoísta e 69% é budista, segundo estimativas de 2015 – o número ultrapassa os 100% pois há praticantes tanto de um quanto do outro.
Também há presença do cristianismo entre a população, cujo percentual de praticantes é de 1,5%. Além disso, cerca de 7% é praticante de outra ou nenhuma religião.
Não é segredo para ninguém que o sistema educacional do país é exemplar: a pesquisa feita em 2015 pelo próprio governo japonês, com o intuito de estipular a taxa de analfabetismo, apurou que apenas 0,5% da população é considerada analfabeta.
Além disso, 100% dos estudantes com até 15 anos de idade (considerado período obrigatório) está matriculado.
O sistema político do Japão foi construído sob o princípio de divisão de Montesquieu. Nesse sentido, a atividades do governo são divididas em três níveis: executivo, legislativo e judiciário.
O imperador é o símbolo do Estado e algumas de suas funções são a promulgação de leis e a dissolução do Congresso. Por ser uma monarquia constitucional, a nomeação do executivo é hereditária. O atual imperador é Naruhito, que assumiu o poder em 01 de maio de 2019, após abdicação de seu pai, Emérito Akihito.
No sistema japonês, é o imperador quem indica quem ocupará os cargos de primeiro-ministro e juiz da Suprema Corte. Dessa forma, por haver a presença de um imperador e um primeiro-ministro, o sistema de governo é o parlamentarista, situação em que se tem um representante de Estado e um representante de governo, respectivamente.
No país, temos, então:
Uma curiosidade sobre o Japão, é que a Dieta tem poder sobre o executivo, o que faz com que a divisão não seja igualitária.
Essa instância está dividida em duas câmaras: a inferior, Câmara dos Representantes, e a superior, Câmera dos Conselheiros. Essa divisão também é semelhante à que encontramos no Brasil, onde há presença da Câmara dos Deputados e do Senado.
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