O Futuro das Entregas por Drones

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Em 22 de março, a Priestman Goode, consultoria de design sediada em Londres, apresentou sua visão de um sisterma integrado de entrega que utiliza drones, para os principais centros urbanos. O conceito, revelado no GREAT Festival of Innovation em Hong Kong, foi desenvolvido para mostrar como uma solução baseada em drones poderia ser integrada às cidades para aliviar o congestionamento das estradas e grandes centros urbanos, resolvendo o “desafio da entrega de encomendas da última milha”.

O vídeo mostra o sistema chamado Dragonfly em ação fazendo uma entrega rotineira; os drones saem de uma plataforma móvel autônoma flutuante, agindo como uma estação de carregamento e ponto de distribuição, com suas parcelas designadas e passam entre os prédios à medida que chegam ao local de entrega. Depois que chegam, os drones atracam com plataformas de aterrissagem que, segundo a Priestman Goode, poderiam estar acoplados à prédios ou telhados.

O presidente da Priestman Good, Paul Priestman, disse: “O aumento do varejo online está adicionando mais veículos às estradas já congestionadas, contribuindo para a má qualidade do ar. Combine isso com o rápido crescimento populacional nas cidades e teremos um grande problema.”

Marcus Fairs, fundador e editor-chefe do Dezeen (que está produzindo um documentário até o final deste ano, com o conceito Dragonfly) disse: “Os drones têm potencial de revolucionar não apenas a forma como as mercadorias são entregues nas cidades, mas também eventualmente, como as pessoas viajam, o modo como os edifícios são contruídos e como funcionam as cidades.”

No entanto, estudiosos da área apresentam pouca receptividade ao método desde o anúncio do Amazon Prime Air, em 2015. A aeronave que solta pacotes parece futurista, mas provavelmente não vai levar produtos para massas tão cedo.

Podemos citar vários motivos para que isso não ocorra, como jogadas de marketing. O projeto da Amazon foi lançado no final de 2013, alinhado com campanhas natalinas, seguido de vídeos de protótipos no YouTube, releases à imprensa e uma patente muito vaga. De acordo com a FAA (agência americana semelhante à Infraero), é necessário que drones comerciais permaneçam dentro do campo de visão do piloto e observador, o que não ocorre pela falta altitude. Drones são permitidos voar abaixo de 120m, e essa área não é monitorada.

Além das regulamentações, ainda há outros aspectos que precisam ser avaliandos, desde maneiras e/ou drones com capacidade para transportar mercadorias com mais de 25kg, ou até como fazer o pouso com árvores e edifícios altos, passando também pela área de alcance do drone, que é de apenas 15km.

A tendência é que todas as adversidades da área sejam superadas e a tecnologia avance para o estágio de testes e sigam para a implementação. E você, o que acha de drones sobrevoando sua casa para fazer entrega de encomendas?