A recente alta nos preços do petróleo, impulsionada pelos sinalizados cortes de produção da Opep+ e pela persistente tensão entre Rússia e Ucrânia, gera impactos para o Brasil.
Como grande exportador de óleo bruto, o país experimenta benefícios imediatos dessa valorização. A balança comercial se fortalece, aumentando a arrecadação e impulsionando o setor de exploração e produção.
Um exemplo é a consolidação da China como principal parceiro comercial, que absorve 43% das exportações brasileiras de petróleo em 2024, totalizando US$ 20 bilhões, segundo dados da Logcomex.
O setor registrou crescimento de 6%, com diversificação de destinos, incluindo países da Ásia (China, Singapura, Malásia) e Europa (Espanha, Holanda, Portugal). Na indústria de refino, os produtos petrolíferos alcançaram um desempenho de 56%.
Entretanto, o Brasil ainda depende da importação de derivados. O diesel, combustível vital para a economia nacional, representou um volume importado de US$ 8,36 bilhões em 2024, embora tenha registrado uma redução de 14% em em valor FOB e 1% em volume comparação com 2023.
Paralelamente, a importação de gasolinas (exceto aviação) apresentou queda de 34% em valor FOB e 31% em volume, sinalizando possíveis impactos na oferta interna e nos preços ao consumidor.