Com o arrendamento do terminal MCP03, oficializado pelo governo federal na semana passada, o Porto de Santana (AP) deve receber investimentos de R$ 89 milhões ao longo da duração do contrato, que devem ser destinados à ampliação do píer 1, dragagem de aprofundamento e pavimentação.As melhorias visam a expansão e a modernização da infraestrutura, além do aumento da capacidade de carga, que passará de 450 mil toneladas para 917 mil toneladas, fortalecendo o escoamento da produção agrícola, principalmente de grãos como soja e milho.
O Porto de Santana é considerado um importante corredor logístico para a navegação de cabotagem, ou seja, o trânsito de embarcações entre portos dentro do país.
No âmbito do comércio exterior, o complexo portuário movimentou, em 2024, 1,9 mil toneladas em cargas voltadas à exportação e 45,5 mil toneladas em importações, segundo dados da plataforma NCM Intel, da Logcomex.
Localizado dentro da Poligonal do Porto Organizado de Santana, na região do Arco Norte, o terminal MCP03 opera sob a jurisdição da Companhia Docas de Santana (CDSA) e é considerado estratégico para a logística aquaviária e interportuária do país.
O terminal ocupa uma área de 11.677 m² e é dedicado à movimentação e armazenagem de granéis sólidos vegetais.
A área passará por ampliação da capacidade de armazenamento, com a implantação de novos silos e modernização da infraestrutura existente.
Segundo o governo, as melhorias têm o objetivo de consolidar o Porto de Santana como um dos principais corredores logísticos do agronegócio brasileiro.
O leilão do terminal MCP03, realizado em dezembro de 2024, resultou em um contrato válido até 2049, que exige da empresa vencedora a expansão dos berços de atracação, aumento do calado operacional e melhorias no acesso terrestre.
O setor portuário vem se consolidando nos últimos anos como uma das prioridades para o desenvolvimento econômico do Brasil, segundo o Ministério de Portos e Aeroportos (MPor).
De acordo com a pasta, os investimentos na área, incluindo aportes públicos e privados, ultrapassaram R$ 20,6 bilhões nos últimos dois anos e a expectativa é que somente a iniciativa privada invista R$ 50 bilhões até 2026.