Porto de Santos: commodities lideram, mas ZPEs podem redefinir o jogo

O Porto de Santos segue como peça-chave para a economia brasileira, com as commodities liderando o volume de exportações. Produtos como soja (NCM 12019000), açúcar de cana (NCM 17011400) e milho (NCM 10059010) são os destaques.

Segundo dados da Logcomex, durante os 11 meses de 2024, a soja exportada gerou US$ 12,05 bilhões FOB, representando 27,9 milhões de toneladas. Contudo, houve uma queda de 22% no valor FOB e 6% no peso líquido em relação ao mesmo período de 2023.

O açúcar de cana apresentou crescimento de 24% no valor FOB e de 28% no peso exportado, enquanto o milho sofreu quedas de 32% no valor FOB e 20% no volume exportado.

Outros produtos relevantes incluem carne bovina congelada (NCM 02023000), que movimentou US$ 5,7 bilhões FOB, e algodão não cardado (NCM 52010020), que teve um crescimento expressivo de 88% no valor FOB e de 89% no peso líquido.

No entanto, a dependência de commodities pode estar prestes a mudar com as Zonas de Processamento de Exportação (ZPEs). Essas áreas oferecem incentivos fiscais e condições facilitadas para empresas exportadoras de produtos industrializados, com o potencial de atrair indústrias, diversificar a pauta exportadora e agregar valor às mercadorias que passam pelo porto.

Além de estimular a economia local, essa transformação pode fortalecer a competitividade da indústria brasileira no mercado global, trazendo benefícios para o país como um todo.

Principais destinos e exportadores

A China lidera como principal destino, absorvendo 34% do total exportado pelo Porto de Santos em 2024, seguida pelos Estados Unidos (16%).

São Paulo é o estado exportador dominante, representando 45% do valor FOB, com Minas Gerais (17%) e Mato Grosso (15%) na sequência.

Por que importa?

A transição de um modelo focado em commodities para outro com maior valor agregado representa um passo importante para a economia do Brasil, diversificando receitas e fortalecendo a presença do país em mercados internacionais.