A guerra global por semicondutores está remodelando as estratégias industriais das grandes potências mundiais. O Japão, em particular, busca recuperar sua posição neste setor estratégico, planejando investir US$ 10 bilhões na produção de semicondutores.
A iniciativa visa reduzir sua dependência da China e reforçar sua segurança nacional. A pandemia de covid-19 destacou as vulnerabilidades das cadeias de suprimentos globais, principalmente devido à concentração da produção de chips em países como Taiwan, que responde por cerca de 90% dos semicondutores mais avançados do mundo.
Entretanto, o Japão enfrenta um obstáculo significativo: 40% das empresas japonesas ainda não possuem planos para integrar Inteligência Artificial (IA) em seus processos. Essa questão pode prejudicar a competitividade do país em um mercado global cada vez mais impulsionado pela IA.
No cenário global, a disputa também envolve terras raras, minerais essenciais para a fabricação de semicondutores. O Brasil, que possui uma das maiores reservas mundiais desses recursos, ainda explora pouco seu potencial. O país ocupa a quarta posição mundial, com 10.000 toneladas métricas de ETR.
Segundo dados do estudo de “Semicondutores e chips” da Logcomex, o mercado global de semicondutores deve crescer 16,8% em 2024, chegando a US$ 624 bilhões.