O Brasil deve ter um superávit comercial de US$ 93 bilhões em 2025, projeta a Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB). O número representaria um aumento de 23,7% em relação ao resultado de 2024, estimado pela entidade em US$ 75,2 bilhões.
Nos cálculos da AEB, as exportações brasileiras devem aumentar 5,7% no ano que vem, na comparação com o desempenho do país ao final deste ano. Com isso, as vendas ao exterior fechariam o ano de 2025 em US$ 358,8 bilhões. A estimativa da associação para 2024 é de US$ 339,4 bilhões em exportações.
Em relação às importações, o país deve comprar do exterior US$ 265,8 bilhões no ano que vem, contra os US$ 264,2 bilhões projetados para 2024.
Até o mês de novembro, conforme números da Logcomex, o Brasil acumulou US$ 312,3 bilhões em exportações e US$ 242,4 bilhões em importações, o que resulta em um superávit comercial parcial de US$ 69,9 bilhões em 11 meses.
Segundo nota divulgada pela AEB, as projeções para o comércio exterior em 2025 sinalizam uma sustentabilidade aparente com leve aumento de preços e incremento de volumes.
Ainda de acordo com a entidade, as previsões atuais indicam maior produção de soja, milho, petróleo, carne bovina, carne de frango, entre outros, porém, com possibilidades de ajustes nos preços para patamares inferiores aos atuais.
O levantamento da AEB aponta também que as exportações de produtos brasileiros devem ter seu principal destino nos mercados vizinhos da América do Sul, ainda que neste momento a política comercial da China esteja mudando o quadro da região.
O relatório da AEB destaca ainda algumas particularidades. Segundo o documento, as exportações de petróleo devem atingir em 2024 US$ 44,4 bilhões, um recorde para um único produto, superando os US$ 43,1 bilhões previstos para a soja neste ano.
Mas, conforme o estudo, salvo problemas de queda de safra, a soja deve recuperar o posto de principal produto exportado do Brasil em 2025, com previsão de US$ 49,5 bilhões em vendas ao exterior, com o petróleo ficando em segundo lugar, com US$ 44,1 bilhões.
Como nos exercícios anteriores, soja, petróleo e minério de ferro deverão liderar as vendas ao exterior. A estimativa é que os três produtos respondem por 34,% das exportações totais previstas para 2025, o que significaria uma pequena redução diante dos prováveis 37,1% deste ano.