A partir desta quarta-feira (12), os EUA devem implementar tarifas de 25% sobre importações de aço e alumínio. A medida pode impactar empresas brasileiras como CBA, Usiminas e CSN, segundo avaliação da Apimec. Em um cenário de crescimento nas exportações, o Brasil ampliou em 27% o valor FOB dos produtos metálicos exportados em 2024, totalizando US$ 90,1 milhões, conforme dados do NCM Intel, da Logcomex.
Principais impactos nas exportações brasileiras
Os produtos mais exportados foram:
- Chapas e tiras de alumínio (>0,2mm): US$ 88,7 milhões (+26%)
- Outros perfis de ligas de alumínio: US$ 495,2 mil (+34%)
- Construções e partes de alumínio: US$ 76,6 mil (+10%)
A alta de 27% nas exportações ocorreu principalmente pelo crescimento da demanda por chapas e tiras de alumínio, que representam a maior parte do faturamento. Além disso, os perfis de ligas de alumínio também tiveram um aumento expressivo.
Influência da China no mercado global
Embora a China represente 54% da produção mundial de aço, seus produtos já enfrentam tarifas superiores a 25% nos EUA desde o ano passado. O problema é que muitos produtos fabricados no México e Canadá utilizam aço chinês, tornando suas indústrias mais competitivas.
E o impacto no alumínio?
No setor de alumínio, o impacto pode ser significativo. A categoria de chapas e tiras de alumínio lidera as exportações brasileiras do setor e registrou um crescimento sólido em 2024. Caso os EUA endureçam ainda mais suas políticas comerciais, a tendência é que o Brasil precise diversificar seus mercados para evitar possíveis quedas futuras.
O que esperar?
O governo brasileiro ainda não se pronunciou oficialmente sobre possíveis respostas às novas tarifas. A Apimec alerta que essa medida pode abrir precedentes para barreiras em outros setores, como tecnologia, aumentando as tensões comerciais.
O maior risco para o Brasil não é apenas a perda de exportações, mas também a necessidade de encontrar novos mercados e o aumento da concorrência com produtos mais baratos.