Brasil: 4º maior detentor de reserva de terras raras busca se tornar player global

Os Elementos Terras Raras (ETR) compõem um grupo de 17 metais essenciais para a fabricação de ímãs de alta performance, indispensáveis na conversão de energia em movimento. 

A China possui as maiores reservas de terras raras do mundo, com 44.000 toneladas métricas de ETR, o que representa cerca de 40% do total global. 

O Vietnã vem em segundo lugar, com 22.000 toneladas métricas de ETR, seguido pela Rússia, com 21.000 toneladas métricas de ETR. O Brasil ocupa a quarta posição, com 10.000 toneladas métricas de ETR. 

Os Elementos Terras Raras (ETR) assumem um papel fundamental em diversas áreas estratégicas do mundo moderno, como na produção de veículos elétricos, turbinas eólicas e aparelhos eletrônicos.

Sua importância se reflete na crescente demanda global por óxido de terras raras, a qual, em 2020, apresentava a seguinte distribuição:

A previsão para 2030 é que a demanda por óxido de terras raras para ímãs aumente para 36%, enquanto a demanda para catalisadores chegue a 20%. A demanda para os demais usos deve ter um crescimento mais moderado.

Produção mundial vs. domínio chinês

Atualmente, a China domina o cenário global, detendo 61% da produção. Em dezembro de 2023, visando proteger sua liderança, o país proibiu a exportação da tecnologia de fabricação de ímãs de terras raras. 

Os Elementos Terras Raras (ETR) são indispensáveis para a transição energética e a fabricação de produtos de alta tecnologia. Portanto, essa medida gerou apreensão em diversos países, principalmente aqueles que dependem da China para esses insumos.

O Brasil ostenta a quarta maior reserva global, sendo que a produção nacional vem sofrendo um declínio acentuado nos últimos anos. Para reverter tal cenário, o Ministério de Minas e Energia (MME) está investindo R$ 1,5 bilhão em projetos para a extração responsável desses minerais. 

Atualmente, seis projetos de mineração de terras raras estão em andamento no Brasil, localizados em diferentes regiões do país. Um dos projetos mais promissores é o de Poços de Caldas, em Minas Gerais, que deverá entrar em operação em 2026.

Com essa iniciativa, o país busca garantir sua posição entre os maiores produtores de terras raras do mundo nos próximos anos. 

O pico da produção foi registrado em 2016, com 2.200 toneladas métricas. Desde então, os números caíram drasticamente, chegando a apenas 80 toneladas métricas em 2022 e 2023. 

Para tornar-se um player significativo no mercado internacional, investimentos e desenvolvimento adequados são cruciais. A exploração de ETR em território brasileiro representa uma oportunidade para diversificar a oferta global e reduzir a dependência de outros países, especialmente da China. 

Previsão de preço global

O preço do óxido de lantânio é projetado para 1.590 dólares americanos por tonelada métrica até 2030. Embora os elementos de terras raras possam ser encontrados em abundância na crosta terrestre, eles frequentemente ocorrem em intervalos dispersos e são menos acessíveis para exploração.

Mercado de chips e semicondutores

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