Saiba quando vale a pena fretar um voo na importação, quais são os riscos e documentos exigidos e como garantir uma contratação segura.
Com o crescimento das operações internacionais e a urgência na entrega de certos produtos, o fretamento de aeronaves tem ganhado relevância como alternativa logística.
Embora seja uma modalidade já conhecida por empresas experientes, os desafios operacionais e as variáveis envolvidas ainda geram muitas dúvidas a respeito da contratação de voos fretados na importação.
Neste artigo, reunimos os principais pontos de atenção para que decisões envolvendo esse tipo de transporte sejam mais seguras e alinhadas ao seu planejamento logístico e financeiro.
Voos fretados costumam valer a pena em situações em que o tempo de entrega é fator crítico, como em casos de:
Nesses cenários, o custo mais elevado é compensado pela agilidade do embarque exclusivo, pela previsibilidade da data de entrega e pela maior segurança da carga.
No entanto, é fundamental que o importador avalie:
A principal diferença está na flexibilidade e previsibilidade. Veja a comparação abaixo:
Aspecto |
Voo regular |
Voo fretado |
Agenda |
Fixada pela companhia |
Definida conforme a necessidade |
Escalas e conexões |
Possíveis |
Não há |
Volume mínimo exigido |
Variável, depende da companhia |
Não há |
Preço por kg |
Mais competitivo |
Mais elevado |
Flexibilidade de carga |
Menor |
Maior |
Exclusividade |
Compartilhado com outras cargas |
Total ou parcial, conforme contrato |
Antes de fechar a contratação, verifique:
A documentação da importação em voo fretado segue os mesmos requisitos do modal aéreo tradicional, com atenção redobrada para:
A liberação da carga costuma ser mais ágil nos voos fretados, já que todo o processo é coordenado previamente. Ainda assim, qualquer falha na documentação pode causar atrasos significativos e comprometer a eficiência da operação.
A Logcomex oferece tecnologia para integração de dados, visibilidade de embarques e análise inteligente do desempenho logístico internacional.
Ao acompanhar em tempo real os trâmites de embarque, conexões, liberação e desembarque, é possível tomar decisões com maior segurança.
Para importadores que utilizam ou consideram o fretamento aéreo como estratégia, a Logcomex permite:
Com isso, você evita surpresas, otimiza a tomada de decisão e garante um controle mais efetivo do ciclo logístico da sua operação aérea.
Se você deseja manter seus processos em dia mesmo em cenários de urgência e escassez de voos comerciais, considerar o fretamento pode ser a solução mais estratégica. Conte com dados e tecnologia para transformar a urgência em previsibilidade.
Depende da natureza da carga. Produtos controlados (como alimentos, medicamentos, químicos ou eletrônicos) podem exigir Licenciamento de Importação (LI) emitido por órgãos como MAPA, Anvisa ou Inmetro. Em voos fretados, o ideal é que todas as licenças estejam aprovadas antes do embarque para evitar atrasos.
Os mesmos de uma importação aérea convencional: Air Waybill (AWB); fatura comercial (invoice); packing list; Declaração de Importação (DI) ou DUIMP; certificados de origem ou conformidade (quando aplicável); licenças de importação (se exigidas);
Sim, é possível. Essa modalidade é chamada de fretamento parcial ou compartilhado, em que um agente de carga consolida embarques de diferentes empresas para um mesmo destino. O custo por quilo tende a ser mais atrativo, mas exige coordenação rigorosa de prazos e documentação.
Atrasos na entrega da carga podem gerar o chamado “frete morto” – cobrança integral do valor contratado mesmo sem embarque. Por isso, é essencial alinhar prazos com o exportador e incluir margens de segurança no cronograma.
Sim. Além de transit time reduzido, o fretado evita escalas, conexões e prioridades operacionais típicas de voos regulares. Isso garante maior previsibilidade no prazo de entrega.
Sim, é altamente recomendado. O fretamento não inclui seguro automático da carga. O importador deve contratar uma apólice de seguro internacional cobrindo todo o percurso (porto a porto) e os riscos envolvidos no transporte aéreo.
O agente de carga especializado em fretamento atua na escolha da aeronave adequada; coordenação de horários e rotas; emissão da documentação; interface com aeroportos, Receita Federal e fornecedores; consolidação e monitoramento da carga.
Não. A Receita analisa a carga conforme o canal de parametrização (verde, amarelo, vermelho ou cinza). Contudo, a preparação antecipada do dossiê documental costuma acelerar o desembaraço nos voos fretados graças à previsibilidade e à exclusividade da operação.