Confira dados históricos, tendências e estatísticas da economia e comércio internacional da China

Confira dados da economia e comércio internacional da China

Neste segundo texto sobre a China, você vai poder saber mais informações sobre seu comércio internacional. Bem como sua economia, sua importância no cenário global e sua presença nas exportações e importações.

Dados econômicos

A moeda oficial da China é o Renmimbi, mas o yuan é a unidade de conta. Assim como no Brasil, onde a moeda é real, mas nós contamos preços em reais. 

PIB

De acordo com o Escritório Nacional de Estatísticas do País (NBS), o Produto Interno Bruto (PIB) da China cresceu 4,5% no primeiro trimestre de 2023. Um grande avanço em relação ao ano anterior, quando o crescimento acumulado foi de apenas 3%, ficando muito abaixo da meta de 5,5%.

O resultado negativo dos últimos 3 anos foi impulsionado pelas restrições estritas à pandemia. Afinal, a abordagem de Pequim para combater o COVID-19 prejudicou fortemente a cadeia de suprimentos e impactou os gastos do consumidor.

Por isso, o governo abandonou a política de Covid zero em dezembro de 2022. Decisão tomada após os protestos em massa nas ruas dominarem o país e o governo se ver sem condições para pagar as contas da pandemia.

Então, depois de um hiato de interrupções causadas pelo Coronavírus, a economia começou a se recuperar.

Em março, o Congresso Nacional do Povo (parlamento carimbado do país) traçou um plano de crescimento moderado para 2023, com meta do PIB girando em torno de 5%.

Conforme a recuperação econômica chinesa se fortalece, os bancos de investimentos e as organizações internacionais atualizam suas previsões de crescimento para o país asiático para 2023.

No relatório World Economic Outlook divulgado na segunda semana de abril, por exemplo, o Fundo Monetário Internacional (FMI) afirma que a China está em forte recuperação depois de reabrir sua economia.

Segundo o órgão, a previsão é de que a segunda maior economia do mundo cresça 5,2% em 2023 e 5,1% em 2024.

Inflação

a inflação chinesa apresentou recuo de 0,7% em março de 2023 — a taxa mais baixa em um ano, com os consumidores ainda receosos apesar dos fortes controles contra a pandemia no final de 2022 terem sido deixados de lado.

Sendo que os analistas previam uma aceleração de 2% em um contexto de retomada econômica depois do fim da política restritiva de Covid zero.

Além disso, o preço dos combustíveis apresentou grande queda no período (-6,4%). Em contraste com as altas registradas nos preços dos alimentos, em especial as frutas (+11,5%) e a carne de porco (+9,6%).

Enquanto isso, a inflação industrial caiu para -2,5% em março de 2023 — representando o menor ritmo desde junho de 2020. Aliás, este é o 6º mês que este índice (que mede os produtos que saem das fábricas) apresenta um valor negativo.

O nível reduzido de inflação aumenta a possibilidade de redução das taxas de juros na China para incentivar a economia. 

Taxa de desemprego

Como consequência da recuperação econômica chinesa, a taxa de desemprego na China também caiu 5,3% em março de 2023. Ficando, assim, abaixo dos 5,6% registrados em fevereiro (Infomoney).

A porcentagem também ficou abaixo da taxa registrada em março de 2022, quando a porcentagem girava em torno dos 5,8%.

Foram 2,97 milhões de novos empregos criados no país somente no primeiro trimestre de 2023. Um crescimento de 120.000 em relação ao mesmo período do ano passado, de acordo com dados do Ministério de Recursos Humanos e Previdência Social.

A meta chinesa é criar 12 milhões de empregos e manter a taxa de desemprego em 5,0%. Para apoiar a meta, uma reunião do Conselho de Estado anunciou, no início de abril, mais assistências para graduados universitários, trabalhadores migrantes, desempregados e pessoas com dificuldades em encontrar emprego.

Leia mais: Entenda como a inflação impacta as importações e exportações

A China no comércio internacional

A liberdade econômica, que analisa direitos de propriedade, gastos do governo, eficiência da regulamentação e mercado econômico. Neste ranking, a China ocupa o 154º lugar em um total de 180 países analisados em 2023. Atualmente, o país está perdendo para o Brasil — que está em 127ª posição (Instituto Monte Castelo).

Além disso, no índice de competitividade global, a China ocupa o posto de 17º país no mundo entre 63 analisados (O Globo), caindo uma posição em relação a 2022. No mesmo índice, o Brasil ocupa o 59º lugar.

Ainda assim, não é segredo a importância da China no comércio internacional, visto que o país é o maior exportador do mundo. Sobretudo após alcançar o valor recorde de US$ 3,59 trilhões em produtos no ano de 2022 (Valor Globo). Representando um aumento de 7% em comparação com 2021.

Conforme dados do Comtrade, os 5 principais grupos de produtos exportados pela China foram: máquinas e aparelhos, outros produtos, metais comuns e químicos.

O país é, ainda, um grande importador, tendo superado em 1,1% o número de importações que realizou em 2021. Aliás, os números da importação e exportação chinesa em 2022 resultaram em um superávit comercial anual de US$ 877 bilhões.

A China participa também de organizações internacionais e blocos econômicos como Banco Asiático de Desenvolvimento (ADB), Cooperação Econômica Ásia-Pacífico (APEC) e o Banco de Pagamentos Internacionais (BIS).

Além disso, faz parte do BRICS, participa do G-20, do G-5, da Agência Internacional de Energia Atômica (IAEA) e da Interpol.

Também é membro do Banco Africano de Desenvolvimento (AfDB). Bem como atua como observador do Conselho do Ártico, da Aliança do Pacífico e do Sistema de Integração Centro-Americana (SICA).

Não obstante, é membro permanente do Conselho de Segurança da ONU e participa de alguns de seus órgãos, como a OMC, OMS e UNESCO.

Principais Portos e Aeroportos

Os portos e aeroportos são extremamente importantes para a economia e comércio internacional da China. 

Dos 10 portos mais movimentados do mundo, 7 estão no país. O que não é um espanto se levarmos em conta a capacidade de exportação e importação do país. Estes portos são:

  1. Shangai
  2. Ningbo-Zhoushan
  3. Shenzhen
  4. Guangzhou
  5. Qingdao
  6. Hong Kong 
  7. Tianjin.

Principais Portos

Desde 2010 o porto de Shangai é o mais movimentado do mundo. Sendo que o fluxo de contêineres via este porto excedeu 47,3 milhões de unidades equivalentes a 20 pés (TEUs) em 2022. Isso de acordo com a Shanghai International Port (Group) Co., Ltd. — a operadora portuária. 

Localizado nos arredores da cidade de Shangai, o porto conta com um atracamento de mais de 20km de faixa litorânea. 

O porto é um importante ponto logístico desde o Século XII, quando a cidade se tornou um grande centro de algodão. 

A configuração como é conhecida hoje foi estabelecida em 1842, quando o Tratado de Nanquim deixou acordado que o governo chinês abriria 5 portos para o comércio internacional.

Em 1937, o Japão assumiu o controle da cidade e passou a dominar seu poder econômico e financeiro. Shangai permaneceu sob domínio japonês até o fim da Segunda Guerra Mundial e, em 1949, foi tomada pelo Partido Comunista Chinês.

Outro porto importante é o de Shenzhen. Terceiro mais movimentado do mundo, ele movimentou +30 milhões de unidades equivalentes a 20 pés (TEUs) de contêineres em 2022. Representando um aumento anual de 4,39% — atingindo um novo recorde. 

A cidade de Shenzhen também é o principal centro econômico e constitui um polo industrial e tecnológico, sede de grandes multinacionais.

Leia mais: Conheça os 10 maiores portos do mundo

Principais Aeroportos

Surpreendentemente, dos 10 aeroportos mais movimentados, 3 estão na China, localizados nas cidades de:

  1. Beijing
  2. Hong Kong e
  3. Shangai. 

O Aeroporto Internacional de Hong Kong foi inaugurado em 6 de julho de 1998 com um custo de US$ 20 bilhões e se tornou o aeroporto com a maior área coberta do mundo, com 570.000 m²

Está localizado na ilha Chek Lap Kok, o que faz com que ele também seja conhecido por esse nome. Foi inaugurado para substituir o Aeroporto Internacional Kai Tak, que foi fechado em 1998.

É um centro de movimentação de cargas, tendo movimentado 4,2 milhões de toneladas métricas em 2022, sendo que 74,5 milhões de passageiros passaram por ele neste mesmo ano.

Em setembro de 2019 foi inaugurado o novo aeroporto da capital Beijing, o Aeroporto Internacional de Pequim Daxing (PKX). 

Ele foi construído para redistribuir o fluxo de pessoas na capital e aliviar a tensão sobre o aeroporto mais antigo, o Aeroporto Internacional de Pequim-Capital (PEK), segundo mais movimentado do mundo, atrás somente de Atlanta, nos Estados Unidos.

O terminal possui 700.000m² e sua logística atual comporta cerca de 100 milhões de passageiros por ano — capacidade ainda não totalmente atingida devido à pandemia de COVID-19 e outras circunstâncias.

O aeroporto vem sendo considerado “o mais inovador do mundo”, com suas máquinas de reconhecimento facial e robôs disponíveis nos guichês de informação.

O Aeroporto Internacional de Pequim-Capital ainda está em funcionamento, com os voos sendo alocados nos dois lugares.

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