Manter a resiliência na gestão de Supply Chain é um dos principais desafios do importador brasileiro e, ao mesmo tempo, diferenciais competitivos, especialmente no atual momento da economia brasileira, que desde o início do ano de 2025 vem mostrando sinais de crise.
Por este motivo, elaboramos um conteúdo repleto de conceitos e boas práticas, especialmente se você é gestor de comércio exterior e precisa compreender formas de melhorar a performance do seu time.
Boa leitura!
O que é uma cadeia de suprimentos resiliente?
No comércio exterior, entendemos como resiliência a capacidade da cadeia de se recuperar de falhas. Além disso, envolve adaptar-se rapidamente a mudanças e continuar operando sem comprometer a entrega da mercadoria no destino final, seja em exportação ou importação.
A nível teórico, podemos explorar os conceitos de capacidade de resistência e de recuperação. Segundo um estudo da Michigan State University, a capacidade de resistência refere-se à habilidade de protelar ao máximo as interrupções e reduzir seus impactos. Já a capacidade de recuperação é um aspecto-chave desse conceito, pois trata da habilidade de contornar as interrupções.
Normalmente, quando ocorre uma interrupção, seja no processo fabril (como a parada de linha por ruptura de estoque) ou no processo logístico (como atrasos de embarque ou greves), as empresas da cadeia de suprimentos passam por um período de reestabilização. Nesse sentido, o tempo gasto para retomar os resultados anteriores torna-se um fator determinante para o sucesso.
Como medir a resiliência da cadeia de suprimentos?
Uma cadeia de suprimentos resiliente depende do uso inteligente dos dados para definir metas claras de curto e longo prazo. Somente assim, será possível medir e então, acompanhar a evolução da cadeia e fortalecer sua resposta perante às interrupções ou crises.
Vale esclarecer que as interrupções, no contexto de uma negociação internacional, podem ser de ordem natural, tecnológica ou geopolítica e, portanto, medir a resiliência da cadeia de suprimentos envolve avaliar a capacidade da empresa de se adaptar e se recuperar diante de tais interrupções.
Neste sentido, também é essencial avaliar a prontidão da equipe para mudanças, analisando a maturidade digital da empresa e então, começar a medir a resiliência da cadeia de suprimentos de fato.
Para tanto, sugerimos a análise de alguns KPIs como ponto de partida para essa medição. São eles:
- Lead Time para analisar o tempo médio do ciclo do pedido a chegada do embarque;
- Transit Time para escolher rotas alternativas em caso de greves ou eventuais embargos;
- Prejuízo por erros com o objetivo de minimizar a chance de repetição dos mesmos;
- Retificações realizadas em documentações para evitar retrabalho quanto aos ajustes documentais;
- Avarias e preocupação na armazenagem da carga com o objetivo de selecionar provedores logísticos qualificados.
Crises globais como pandemias, guerras, desastres naturais ou instabilidades econômicas costumam afetar diretamente o fluxo da cadeia de suprimentos.
Tais eventos podem ocasionar interrupções, conforme mencionamos anteriormente. Isso acontece porque eles trazem consequências como atrasos na produção, escassez de insumos, congestionamentos logísticos e também aumento de custos operacionais.
A pandemia de COVID-19, por exemplo, expôs a vulnerabilidade das cadeias globais. Ela interrompeu fábricas, limitou o transporte internacional e provocou gargalos nos portos. Dessa forma, afetou desde grandes indústrias até pequenos importadores.
Mais recentemente, a crise tarifária entre Brasil e Estados Unidos gerou um novo cenário de instabilidade. O governo norte-americano impôs uma sobretaxa de até 50% sobre produtos brasileiros. Como consequência, surgiram déficits de bilhões nas exportações brasileiras, além da desvalorização do Real.
Além dos efeitos operacionais, crises como essa afetam diretamente a previsibilidade e a tomada de decisão. Gestores sem visibilidade em tempo real, planejamento estruturado ou diversificação de mercados tendem a sofrer mais. Nesse caso, enfrentam estoques desbalanceados, perda de contratos e retração nos investimentos.
Como ter uma cadeia de suprimentos resiliente?
Não podemos negar que uma cadeia de suprimentos resiliente exige investimento em tecnologia, planejamento estratégico e integração entre os elos da cadeia.
Neste sentido, a resiliência deve ser vista como uma competência organizacional contínua, que se traduz em vantagem competitiva, redução de riscos logísticos e maior confiança do mercado.
A seguir algumas formas de fazer isso na prática. Acompanhe!
- Adote uma estratégia de logística end-to-end: esta abordagem é o primeiro passo para garantir resiliência na cadeia logística. Essa estratégia permite que todos os elos da cadeia, desde fornecedores até o cliente final, estejam conectados de forma colaborativa e transparente. Isso favorece a visibilidade, facilita a resposta a imprevistos e fortalece a capacidade de adaptação a mudanças repentinas.
- Implemente a automação e a digitalização em todos os processos-chave: a digitalização da cadeia de suprimentos, com o uso de tecnologias como IoT, big data e inteligência artificial, permite o acompanhamento em tempo real das operações, melhora a rastreabilidade e reduz significativamente os riscos logísticos e operacionais.
- Invista em plataformas digitais e cibersegurança integrada: o uso de plataformas digitais e softwares de gestão de Supply Chain (SCM) são necessários para controlar e centralizar o fluxo de informações em toda a cadeia de suprimentos. Entretanto, não podemos esquecer que, com o aumento da conectividade e digitalização, cresce também a vulnerabilidade a ataques cibernéticos. Assim, uma cadeia de suprimentos resiliente deve incluir uma robusta infraestrutura de cibersegurança, capaz de proteger sistemas, dados e comunicações críticas, evitando paradas e perdas de informações sensíveis.
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A plataforma da Logcomex garante visibilidade avançada em tempo real para operações de importação e exportação porque resolve duas das maiores motivadoras da interrupção: a falta de visibilidade e a falta de compreensão dos riscos que podem ocorrer durante a coordenação de um processo de comércio exterior.
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